sexta-feira, 31 de julho de 2009

AMIGO FIEL

Anne Sala Leite (minha neta) tem um “amigo”, bastante fiel, não somente a ela, como a sua mãe (minha filha).
É Dudu, um Poodle, com 04 anos de idade, amoroso, inteligente e
companheiro.
É considerado uma das raças mais obedientes, dóceis e versáteis!
Ele tem grande poder de associação e aprende tudo com facilidade.
Acompanhamos de perto o seu convívio em família e ficamos encantados com tamanha presteza.
Ele consegue, literalmente, tomar conta de tudo que diz respeito à Anne e Milena. __Toma conta de maneira ciumenta do computador e da cafeteira do curso.
Costumo dizer que ele é um guardião fiel da família...
Se alguém aproximar de minha neta ou de minha filha, para um afago, um carinho, ele “rosna”, e, se descuidarmos, ele investe em cima, apronta das suas e corre.
Tenho uma amiga que diz o seguinte:
Uma pessoa para ser considerada “razoavelmente boa”, precisa gostar de crianças, ter paciência com idosos, gostar de animais e plantas.
Na ótica dela, o ser humano, para ser essencialmente trabalhado, “ser gente”, tem que ter esta singularidade.
Acolho com carinho seu ponto de vista, concordo plenamente, pois quando me aproximo de meus netos e os escuto, vejo a grandiosidade e benefício que eles me causam, muitas vezes passando “mensagens e recados” interessantes...
O universo infantil é enriquecedor, seria muito bom se nós adultos,
investíssemos “mais tempo” em nossos filhos e netos, pois, como bem disse Saint Exupéry “só as crianças sabem o que procuram, só as crianças esmagam o nariz nas vidraças”... quando escuto de maneira atenta os sábios conselhos e chavões dos idosos, ganho experiências e obtenho crescimento interior, quando cuido das plantas (já entro em casa melhorada), é como se a terra tivesse uma influência magnética, com poder curativo, quando vejo DUDU com tanta devoção aos seus, fico comovida, enfim, seria muito bom se pudéssemos usufruir do bem maior que é vivermos num “eterno aprendizado”, com a simplicidade do nosso cotidiano... Meu avô materno sempre dizia:
“QUE O SABIDO APRENDE COM AS EXPERIÊNCIAS ALHEIAS.”

OUTUBRO DE 2007

sexta-feira, 24 de julho de 2009

FAZENDO A NOSSA PARTE

Precisamos fazer a “nossa parte” onde a desigualdade é soberana, onde vemos irmãos sem agasalhos, sem alimentos, muitas vezes caídos nas ruas sem nenhum horizonte, com fome e sede de justiça.
A fome e o frio alteram a estética humana, deixando-a esquálida e perdida...
Qual a responsabilidade do Estado? O Estado é laico e tem responsabilidade social em amenizar a situação com consciência e uma reflexão fraterna da realidade sócio-econômico-politica, marcada pela injustiça, pela exclusão, por índices sempre mais altos de miséria.
A nossa “sociedade fraterna” está ferida, precisamos de restabelecimento e compromisso urgente.
Assim sendo, ela caminhará em superação a marginalização, opressão e exclusão em que vive a maioria do povo, criando projetos solidários de comunhão e participação.
Qual a nossa responsabilidade? Precisamos fazer a “nossa parte”... Agindo de maneira fraterna e solidária com posições e gestos, ajudando nossos excluídos irmãos e as pessoas de boa vontade a viverem a fraternidade em compromissos concretos no processo de transformação da sociedade a partir de um problema específico que exige a participação de todos na sua solução.
Retomando a pregação dos profetas confirmada por Cristo, segundo a qual a verdadeira penitência que agrada a DEUS é repartir o pão com quem tem fome, dar de vestir ao maltrapilho, libertar ao oprimido, promover a todos.
Assim, teremos então uma sociedade transformada, mais justa e solidária, com menor sofrimento, maior igualdade, menor opressão.
Isto nos faz lembrar a fábula do Beija-Flor, carregando água no bico para tentar apagar o incêndio na floresta onde vivia, e, naquela lide, quando ele estava com as pernas chamuscadas pela quentura do fogo, quase sem forças, aparece o leão (rei dos animais), de maneira crítica zomba e questionou tal gesto, ele simplesmente responde: __ “Eu estou fazendo minha parte”.
“Deste modo, o bem não deve ser objeto de pura contemplação, mas deve haver uma íntima adesão do espírito a ele, um amor total ao mesmo, que possa nortear os atos do homem, sua ação, sua prática. O bem liberta o homem e move sua ação espiritual e concreta”. Sócrates

Julho de 2008

sábado, 18 de julho de 2009

NOSSOS AVOS

Na trilha das nossas emoções e resultados afetivos, sempre fica, atrás de nós, uma espécie de anjo protetor! Derramado bênçãos sem medida sobre nossas vidas.
Vasculhando nosso inconsciente, vem à memória, aquele doce Anjo chamado Vovó, porte elegante, sempre disposta, educando-nos com a brandura da maturidade, visualizando em nós, seus netinhos queridos, uma vida promissora.
... Enfim, não podemos de maneira alguma subestimar o valor do legado benefício, que nossos antepassados avós, deixaram em nós.
Lá iam eles, de maneira sutil, com a experiente sabedoria dos anos, dando "bom recado", gerando resultados surpreendentes!
Qual de nós (netos), não teve um avô ou avó singular, com "aqueles chavões": Diga-me com quem andas e eu te direi quem és, uma ovelha má, põe o rebanho a perder, costume de casa, vai a praça, o segredo é a alma do negócio...
Sobradas lembranças! Quando somos abençoados por nossos avós, ficamos com a sensação, de que uma "áurea celeste" nos envolveu através da bênção gerenciadora e que anjos celestiais, tocam harpas e liras ao nosso redor, nos protegendo e dando suporte para vencermos os desafios diários.
Dizem que netos purificam as vidas dos avós! Fazendo uma viagem no tempo, vemos que foram nossos avós que purificaram às nossas, quando nos abençoaram e abençoam de maneira tão singular.
Hoje, na sociedade contemporânea, avós tomaram rumo diverso, quando enfrentam situações limite na família de separação dos filhos ainda iniciantes no casamento ou mesmo uma gravidez precoce (netos), não desejada, tampouco planejada.
Uma das causas que está se tornando cada vez mais comum na sociedade é presenciarmos avós cuidando dos netos (filhos dos seus filhos), e vemos que há problemas emocionais, entre outros envolvidos na história.
Uma jovem de 13 ou 14 anos não está emocionalmente preparada para assumir e cuidar de um bebê, muito menos de uma família e esta difícil tarefa na maioria das vezes fica ao encargo dos avós, para assim permitirem que seus filhos estudem (ou trabalham), se for o caso.
Neste mercado competitivo, os avós trabalham, garantindo assim uma renda familiar saudável, amparando (material e emocional), filhos e netos, sendo geradores de bênçãos.
Todo nosso carinho aos nossos amados avós, que vão de maneira sutil protegendo nossas emoções, dissipando nossos medos com exemplos e sábios conselhos, fazendo "aquele bolo" sui gênere, com os ingredientes atemporais: Amor, alegria, paz, benignidade, fé, paciência, tolerância, misericórdia, mansidão, domínio próprio, resultando assim uma vida equilibrada, numa sociedade mais justa e solidária.
"Os sábios educam pelo exemplo", esta deve ser a máxima de todo avô consagrado, na sua cartilha familiar e universal.
Julho de 2007 - SSALA

sábado, 11 de julho de 2009

FAMILIA FELIZ

Outro dia, passou uma reportagem na TV, a respeito do alicerce e estrutura familiar e da alarmante estatística de divórcio que persegue como fantasma nossos lares.
No Brasil a incidência não para de crescer. Os divórcios aumentaram 55%, entre 1991 e 2002.
Em meio a um turbilhão de emoções como renúncias, respeito a espaços, orgulho ferido, abandono, traições, insultos e cobranças, fica difícil qualquer relação, porém, até para ser feliz, exige de cada um dos envolvidos um preço a pagar...
Nada mais bonito e estimulante, que vermos um casal caminhando sempre juntos, não importa os desafios impostos, o certo é que foram fortalecidos por laços espirituais e eternos.
O tempo tem seus mistérios... e encantos! Bom seria se o compromisso assumido no momento do êxtase fosse cumprido incondicionalmente, porém, o que muitas vezes existe nos bastidores de uma “casa”, são sentimentos contraditórios e sufocantes. É complicado!
Aqui mora uma família feliz! Estava escrito na placa de madeira, fincada na terra adubada do jardim florido, daquela casa luminosa, numa rua encantada, mas parecendo um bangalô de felicidade.
As crianças ali brincavam de maneira serena, correndo pelo jardim, soltando pipas e balões, enquanto o papai saía para trabalhar, a mãe, com ternura e graça, tentava colocar ordem no seu doce lar, cuidando dos filhos com dedicação e temperando a refeição, com o “tempero” do amor.
Naquele “cantinho” perto do céu, as crianças vão crescendo de maneira equilibrada e prudente, sabendo que a vida é feita de alegrias, limites e desafios, porém, amparados na harmonia dos pais, eles vão tecendo sua própria história.
São pequenas felicidades certas, algumas vezes contidas, outras cheias de lágrimas e sorrisos também, da janela do coração de cada um que vive naquele “cantinho”, almejando ser feliz!
Todos os dias um bem te vi pousa numa árvore daquele jardim e canta anunciando sua felicidade, outras, um galo desperta o sono dos seus moradores no alvorecer de cada manhã.
Na rua, transeuntes pra lá e pra cá entre agonias e sonhos... na busca do pão de cada dia, avistamos crianças indo para a escola, naquela correria, com corações cheios de esperanças, sabendo o que procuram...
Não é um ritual esta felicidade certa, é apenas um apelo àqueles que ainda acreditam em possibilidades nas entrelinhas de cada coração, para que o amor não esmoreça e acreditem que num lugar qualquer, ainda existe cantinhos e bangalôs com seus ternos amantes... Pois felicidade é sorrir, chorar, amar e viver.
Compartilhar, perdoar, e repensar na criança que fomos um dia, sem máscaras, desarmadas, buscando sempre o caminho certo a seguir, sem nunca desistir!

SSala – novembro de 2007

sexta-feira, 3 de julho de 2009

NOS BRAÇOS DE MORFEU

Por conta da violência urbana, a sociedade vive o dia a dia envolto em medos, sem falar na carência de efetivos para vigiar a cidade, fazendo aquela “ronda”, pelas ruas!
A criminalidade tem crescido de maneira assustadora, o crime organizado em parceria com o tráfico de drogas persegue a sociedade, que vive “encarcerada” em seus lares sem nenhuma segurança.
Trancados em suas residências, com muros protegidos por cercas elétricas e os carros segurados, ainda assim, colocam um vigia, para fingir que faz sentinela, dormindo de maneira pacífica, sonhando nos braços de Morfeu.
As estatísticas mostram que o tráfico tem crescido de maneira vertiginosa, com ramificações, alcançando cidades menores, entrando de maneira sutil nos lares, destruindo famílias.
Os jovens estão expostos e fragilizados, vivendo dias caóticos, com excesso de consumo e valores morais perdidos.
A juventude vive sem saber lidar com suas emoções, não sabem receber um “não”, como resposta, reagindo de forma violenta a qualquer rejeição.
A família caminhando a passos largos para sua destruturação, pais acusam falta de tempo e excesso de trabalho (para investirem), em relacionamento de acolhimento e afeto com seus filhos.
O Estado é laico e falho, quando permanece indiferente e sem alternativas para uma mudança legítima no sistema de segurança púbica, à beira de um caos social.
Nossas Leis e efetivos são insuficientes para banir o mercado ilegal que circula livremente, e, assim, os jovens são alcançados, sem direito a retorno.
O indivíduo fica impotente diante da banalidade da violência, que assola a passos galopantes, destruindo famílias inteiras por conta da droga que é uma droga de verdade!
O vigia??? ___ Este, dorme de maneira serena, alheio ao que passa ao seu redor, diz que está vigiando... ___ Como??? __ Nos braços de Morfeu?
Nos braços de Morfeu dormem nossos governantes, nossa segurança pública e nossos vigias!
Nós ficamos acordados e assustados! Tudo por conta do “vigia” que não é bom vigilante!

SSALA - Julho 2007

domingo, 28 de junho de 2009

IRMÃO

Ando pelas ruas da cidade,
Com a intimidade de andante!
Observo o vaivém das pessoas,
Cada qual com seu fardo a carregar.
Corremos em busca de sonhos,
Sem muito tempo a perder!

Lá vem um mendigo a suplicar
Pedindo ajuda a todo andante,
Que passa indiferente e alheio...
Vamos seguindo sem nada ver!
Digo-me cristã filha de Deus,
Sem nenhum tempo pra socorrer.

E pensar que Deus nos pôs no mundo,
Para vivermos em irmandade, comunhão
Mas não temos tempo para olhar o
Andante, tratando dele como irmão...
Com certeza DEUS a tudo assiste,
E vê com tristeza o que ele criou...

Nada faço, como se estivesse cega...
Sigo a caminhar sem rumo, a esmo,
Indiferente ao meu triste viajor...
Que continua a esmolar pelas ruas,
Vencendo mais um dia a mendigar
E pensar que DEUS espera que sejamos
Um pouco Dele na terra a semear!

12/11/2005

CADE OS CARAS-PINTADAS?

Nos anais da história nunca vimos tanta corrupção, tanto desmantelo e tanta inércia dos nossos “ditos parlamentares” na construção de uma política séria e, no mínimo eficiente...
Foi eleito pela vontade soberana do povo o nosso presidente Luís Inácio Lula da Silva, antigo operário e Presidente do Partido dos Trabalhadores.
Perdeu várias eleições, ficando 20 (vinte) longos anos, na expectativa de ser eleito Presidente da República e fazer do nosso Brasil um País de Sonhos...
No ano de 2002 foi ovacionado nas urnas eletrônicas, conseguindo assim, acalantar o sonho de um jovem operário do ABC Paulista, sendo eleito PRESIDENTE DA REPÚBLICA!
Suas principais metas: Erradicar a fome no Brasil, aumentar o salário mínimo e melhorar a qualidade de vida dos nossos excluídos irmãos!
Propostas sociais ambiciosas! Foi o que falou, após os resultados das urnas,em cadeia nacional.
Nosso País tem jeito sim senhor! Afinal de contas foi eleito de maneira milagrosa um cidadão que no mínimo, conhece a linguagem do populacho, ou seja, do povão.
Fala dele: Passou fome, viveu sua infância na mais extrema pobreza, sem formação acadêmica... enfim, uma pessoa sensível ao sofrimento alheio.
Mas... Quando se alcança o PODER, corrigir as injustiças sociais toma lugar secundário... E as propostas estabelecidas de maneira quixotescas foram sorrateiramente para a lata de lixo.
E ai companheiro? Onde estão OS “CARAS- PINTADAS”, que fizeram o Palácio do Planalto parar por vários dias, resultando assim no impechament do Fernando Collor de Melo?
À época, denúncias se intensificaram por todo o mês de maio do ano de 1992, culminando com a formação do Movimento Pela Ética na Política, composto por dezoito (18) entidades civis, como centrais sindicais, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Contando ainda com a participação de mais entidades, como partidos políticos e a UNE (União Nacional dos Estudantes), juntaram-se a esses estudantes, milhares de jovens, todos com as caras pintadas com as cores da Bandeira Nacional...
Cadê aqueles jovens caras-pintadas, destemidos, que saíram às ruas do Brasil, clamando por uma política séria, composta de cidadãos politicamente corretos?
Será que nossos jovens não têm mais porque sonhar? Será que eles perderam a capacidade de indignar-se com tamanha corrupção e desmandos?
Ou será que o Brasil está vivendo os tempos da Roma antiga, que era fétida em falcatruas e corrupção, onde se reverenciavam imerecidamente Césares!
Vem a minha memória neste momento a célebre frase do Jurista Ruy Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto."
POR UMA POLÍTICA POLITICAMENTE CORRETA!!!
SSALA

quarta-feira, 17 de junho de 2009

DIA DOS NAMORADOS

DIA DOS NAMORADOS

Algumas palavras... que doce sentimento é esse que envolve todas as raças e etnias e nos faz tão iguais quando estamos enamorados!
Um friozinho na espinha, falta de apetite, sensações estranhas a mexer com nossas emoções, quando sentimos aquela química misteriosa... fazendo reboliço e deixando em nosso olhar um brilho diferente, uma chama acesa... a certeza de que encontramos nossa cara-metade!
A partir do momento em que olhares se cruzam, na alquimia do amor, os momentos se eternizam e tudo o mais perde o sentido!
Cantamos debaixo da chuva, assistimos filme comendo pipoca, esperamos nosso amor à porta do colégio, enfim um casal enamorado faz coisas inusitadas... próprias de um coração apaixonado!
Um pensamento... Porque será que nem sempre as histórias terminam como começam: E foram felizes para sempre, até que a morte os separe.
A estatística mostra números assustadores de divórcios, separações, traições, inimizades e o que na maioria das vezes começou como um conto de fadas termina num filme de terror!!!
O que esta faltando em nós amantes enamorados??? __ Não seria talvez falta de sabedoria, paciência, tolerância, perdão... atributos tão necessários numa relação e que, hoje em dia ficou démodé.
O lema agora é “ficar”. Falta nos nossos casais enamorados compromisso, afeto, respeito... valores esquecidos e obsoletos!
A vida é um desafio diário e a nossa busca pela felicidade absoluta é irreal e sofredora!
“Casais felizes", sem problemas, só flores, somente nos romances, filmes e propagandas...
Para vivermos melhor, com maior qualidade de vida e uma relação estável de respeito e admiração, teremos que saber administrar melhor as nossas emoções, só assim, poderemos conviver de maneira pacífica com as diferenças dos nossos pares.
Todo meu carinho... para você “Romeu” que encontrou sua Julieta!
E independente dos obstáculos, você não se importou com os desafios diários, lutando de maneira incondicional e heróica para viver seu amor.
Extensivo a você “Julieta”! Que ultrapassou barreiras, muitas vezes fez seu amor ressurgir das cinzas de uma relação desgastada, para não ser esmagada pelos conceitos distorcidos de uma sociedade esfacelada, que não tem tempo para AMAR. Em qualquer lugar do Planeta, basicamente somos os mesmos! Melhoramos em algumas coisas, pioramos em outras, porém o certo è que AMAR PODE DAR CERTO!!! FAÇAMOS ENTÃO UM BRINDE AO AMOR.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

DISFARCE DE ANJO

Andando pelas ruas, praças e avenidas, entrando nos nossos lares, escolas, igrejas... lá vem aquele ANJO, com seu sorriso tímido e discreto, sempre pronta a amparar, acudir e proteger.
Nasceu frágil, silhueta elegante, andar seguro, é um doce ANJO, de natureza acolhedora!
Ela nem sabe que é um ANJO! Vive tão absorvida em seus afazeres, levanta ao alvorecer, toma frugal desjejum, saindo em seguida à procura de vidas para iluminar com sua presença angelical...
Quando pequena, disseram pra mim que ANJO, só no céu! Hoje, sei que não é verdade... Que doce alegria saber que existe ANJO em forma de gente, andando na terra entre nós!
É um ANJO discreto e diário, iluminado!
Iluminando aonde vai passando...

Solange Salla

ÉTICA

ÉTICA, palavra de origem nobre, da antiga cultura grega, berço da nossa civilização, vem do grego “ethos”, e tem seu correlato no latim “morale”, com o mesmo significado: Conduta ou costumes.
Provém de “ithos”, que se pronuncia com “th” semelhante ao inglês e significa a “clareza da alma”. O verbo grego “itheo” significa filtrar. Assim, uma pessoa possuidora de ética filtra melhor os estímulos e valores do mundo.
Quando eu filtro, eu elimino o que não é bom. Portanto uma pessoa com ética tem valores morais bem filtrados.
A ética não se confunde com a moral. A moral é a regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, uma certa tradição cultural, etc.
Há morais específicas, também, em grupos sociais mais restritos: uma instituição, um partido político...
Há, portanto, muitas e diversas morais. Isto significa dizer que uma moral é um fenômeno social particular, que não tem compromisso com a universalidade, isto é, com o que é válido e de direito para todos os homens. Exceto quando atacada: justifica-se dizendo-se universal, supostamente válida para todos. Mas, então, todas e quaisquer normas morais são legítimas?
Não deveria existir alguma forma de julgamento da validade das morais? Existe, e essa forma é o que chamamos de ética. A ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade.
Mas ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações humanas.
A ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana.
Para alguns como Cícero, “Sócrates teria feito a filosofia descer do céu a terra”, ao fazer gravitar sua especulação em torno do homem e de seus eternos problemas: a verdade, a justiça, o bem, a virtude, o dever. Sócrates falava que todas as ações do indivíduo são boas se eticamente justificáveis.

SOLANGE SALA

sábado, 11 de abril de 2009

TROCADILHO

Era uma vez José Maria,
Que amava Maria José,
Ambos alegres e elegantes,
Se enamoraram, tornaram amantes!..
Nomes iguais, com suas diferenças...
Conhecidos como José Maria (Zé)
E Maria José. (Zezé), e assim...
Viveram a vida em harmonia,
José Maria amando a Maria José,
Que também amava o José Maria...

18/04/2006

SIMPLES EQUAÇÃO: TRABALHO

Na efervescência do dia-a-dia, nem damos conta dos desafios superados.
Já acordamos atrasados, pois o relógio da vida, não trabalha a nosso favor, trabalha sim, minuto a minuto, seguindo seu curso de maneira contínua numa displicência sem cerimônia!!!
Ainda assim, passamos a observar o cotidiano de um transeunte qualquer... quando faz todos os dias o mesmo percurso para o trabalho: A pé, de carro, ônibus, bicicleta, moto, etc, atravessando a cidade no corre-corre, numa verdadeira maratona!
Pois é... para estes trabalhadores, “Devemos tirar o chapéu”!
Pelo determinismo em vencer obstáculos diários, na construção de lares, empresas, fábricas, instituições, com a perseverança de “uma formiga carregando galhos na costa” (forjando seguro abrigo)...
___ O ser humano é por natureza alma gregária, guerreiro, com forte instinto de sobrevivência, alicerça sua personalidade nos desafios do cotidiano, construindo pontes, superando limites.
Ele é o maior tesouro existente no planeta, porém sua filosofia de vida deve basear-se em sério comprometimento profissional (em qualquer segmento em que esteja atuando), trabalhando com seriedade na prestação de serviços.
Ele precisa saber de maneira consistente o que faz e para que serve o trabalho.
A falta de visão, de participação, gera moral baixo, qualidade pobre, baixa produtividade e conflitos desnecessários em todos os níveis da organização. Enfim, traz a decadência econômica, que dificulta se não impossibilita o progresso social e o desenvolvimento pessoal..
Sim, pois sem trabalhar arduamente de sol a sol, encarando os desafios de frente, ficando atento para reinventar processos e aprimorar diariamente a forma de se conduzir o trabalho, não se chega a lugar nenhum.
Ao se falar em trabalho, é preciso que se tenha sensibilidade e responsabilidade no desenvolvimento de atividades que visem beneficiar os usuários de seus produtos ou serviços, tendo em mente que é sempre possível dar um passo à frente.
Neste contexto a dedicação é o coração de todo o processo, bombeando doses generosas de paixão, fundamentais para fazer tudo crescer à nossa volta.
E, quando as coisas não caminharem como imaginamos, é ela (a dedicação), que nos manterá no leme, para que não abandonemos o convés no meio da tempestade e, mesmo em meio ao turbilhão, possamos enxergar um porto seguro.
Seriedade, ética, dignidade e perseverança, são princípios que norteiam a mente daqueles que são os responsáveis pela construção de uma sociedade melhor e mais justa.
Sem esses requisitos não existe sonhos, pois eles são puros e cristalinos como todas as relações entre os homens deveriam ser.

Março de 2008 - SSALA

sábado, 4 de abril de 2009

O JIPE DO JUCA

O Juca tinha um jipe
Que era muito invocado,
Capota preta, bem lustrado...
Ao Guigó ele nos levava!

Vivia em expectativa,
Pra semana rápido passar,
Não via chegar a hora,
De no jipe poder viajar.

O Juca era bom motorista
Seguia pra José Gonçalves,
A meninada no fundo do jipe,
Acenava a quem ele ultrapassava...

Chegávamos ao nosso destino
Com muita alegria e festa!
Domingo era dia de feira,
Com muita fartura na mesa.

Vó Deja era alma bondosa,
Brevidade e biscoito fazia,
E para encanto das netas,
Açafrão na galinha sempre tinha...

19/11/2005

LINHA DIVISÓRIA

Por que será que temos de estar vigilantes ante nós mesmos? Que mistério é este que não conseguimos decifrar de maneira clara que é a linha divisória do nosso consciente-inconsciente, fronteira que não devemos ultrapassar?
Nascemos dotados de uma razoável carga genética, herança dos nossos antepassados, o resto adquirimos no decurso da nossa vivência no âmbito familiar e social, existindo em nós uma fronteira misteriosa e obscura de onde brotam as paixões, o medo, a criatividade e a própria vida e morte.
Por que será que existem pessoas voltadas para servir, preservar, amparar, socorrer, acudir e outras cujas metas parecem ser destruir, roubar, matar, engendrar crimes com requintes de crueldade, até contra seus próprios pais, como temos visto de maneira assustadora nos jornais e noticiários de TV?
O que será que leva uma jovem a tirar a vida dos seus pais de maneira tão cruel e perversa, ou então um pai a usar sua própria filha, com apenas dois anos de idade, em atos libidinosos e obscenos?
A raiz dos problemas pessoais está justamente na falta da autoapreciação. Quem se deprecia caminha para o abismo da solidão. Sem ao menos perceber, afasta-se pouco a pouco de todos os seus e principalmente de si mesmo. E isso é absolutamente fatal para a construção de uma personalidade sadia.
Reações contrárias, imprevistas e imprevisíveis distorcem o que poderia ser uma personalidade equilibrada. Reações observadoras e positivas despertam e reforçam uma personalidade firme e forte que poderia estar até então adormecida.
Porem, que misterio é este que envolve nosso inconsciente quando ultrapassamos esta fronteira misteriosa e, nos lançamos num lago escuro de águas profundas, sem direito a uma emersão?
Necessariamente precisamos andar em eterna vigilância, pois não somos donos de nós mesmos, somos sim o resultado de nossas escolhas... Porém, muitas vezes não temos direito a escolhas, somos literalmente jogados num profundo abismo, e aí que fazer?
Existe em cada um de nós, uma linha divisoria tênue, basta haver um qualquer mínimo deslize para que fiquemos completamente sem norte.
Devemos gravitar no Universo de maneira cautelosa e vigilante, de maneira “leve”, mas com personalidade firme. Livres, mas com freios. Seguros de nós mesmos, porém sem desprezar as dúvidas. Conquistando sempre, mas levando em consideração as eventuais e prováveis perdas. Com desafios e dificuldades, mas com a consciência de que tudo isso forma um Todo, que é uma personalidade apreciada por si mesma, apreciando os outros e sendo apreciado pelos mesmos... Somente assim poderemos viver de maneira coerente e razoável, numa parceria com o social e o humano.
“A criança eterna no homem é uma experiência indescritível, uma incongruência, um empecilho e uma prerrogativa divina; um imponderável que determina, em última instância, o valor ou desvalor da personalidade” (Jung).
Jung acreditava que cada indivíduo tem, durante sua vida, a tarefa de uma realização pessoal, o que torna uma pessoa inteira e solida. Essa tarefa é o alcance da harmonia entre o consciente e o inconsciente.

domingo, 29 de março de 2009

ÉTICA E PODER

Ambicioso, com metas a cumprir, tem intimidade com as palavras, bastante articulado, estrategista e muito vaidoso.
Sempre com a última palavra, estando sempre acima de bem e do mal.
Começou a ver inimigo até no seu amigo mais chegado e insano foi se destruindo...
Vivia dissimulado, solitário, não confiava em ninguém.
O poder é uma arma poderosa, atira setas por todos os lados, vitimando assim o povo em nome do poder absoluto.
Fala-se tanto em ética, mas o nosso dia a dia é recheado de falta de ética.
Vivemos sem “governo”, sem política séria, sem proposta de trabalho decente, sem salário que atenda na sua maioria, aos que vivem na minoria.
“Política é a ação humana que deve ter por objetivo a realização plena dos direitos e, portanto, da cidadania para todos.
O projeto da política, assim, é o de realizar a ética, fazendo coincidir com ela a realização da vontade coletiva dos cidadãos, o interesse público.
A função ética da política é eliminar, numa ponta, os privilégios de poucos, na outra ponta, as carências de muitos, e instaurar o direito para todos.
São inegáveis os aprimoramentos das instituições políticas no Brasil, ao longo da sua história. Mas são inegáveis igualmente as traições de uma parte da classe política contra essas instituições e contra o mandato que lhes foi confiado.
Requer-se, pois, o exercício da cidadania ativa e criativa, tanto pelos políticos, quanto pelos cidadãos: reforçando-se e aprimorando-se as instituições políticas, fazendo-as valer de direito e de fato.
A cidadania ativa, como a luta pelos próprios direitos e pelos direitos de todos, é o exercício cotidiano da ética na política”.
Entretanto, vivemos de utopias, o Congresso vive de emendas, medidas provisórias, conchavos entre seus pares, e nenhuma proposta concreta que estimule o cidadão a acreditar em melhoras, dignifique e amenize um pouco que seja, a vida dos excluídos.
Prometem tanto e fazem tão pouco, enquanto isto, o tempo vai passando a miséria assolando e nenhuma medida tomada contra a falta de ética na política, que faz acontecer, usando o dinheiro público de maneira escandalosa,vivem comissionando os seus “afilhados”, em detrimento daquele que estudou e prestou concurso, para trabalhar com dignidade.
O salário mínimo, como bem diz a palavra: pequeno, insignificante, na hora do aumento, vira guerra de foice, entre seus pares, os mais fracos vivem na ilusão e o pão em escorregão das mesas dos assalariados.
E ai ? Que fazer com tanto descalabro?
Será que aquele que tem fome e sede de justiça é realmente motivo de preocupação dos que estão no poder?
E, quando vê seu dia amanhecer igual todos os dias, na mesmice da desilusão e desesperança, sem um bocado de pão para redimir sua estética, sem um “dorme bem” para esquentar sua dignidade, tem sido realmente motivo de preocupação de quem está no comando da Nação?
Os políticos na sua maioria adquiriram “imunidade fraterna”, ficaram com suas emoções cauterizadas, perderam o que seres humanos normais teem de melhor: Compaixão ante o sofrimento alheio, causando desilusão e frustração na sociedade, cada dia mais cética, pois as promessas foram esquecidas.
Quantas vidas foram destruídas pela chama do poder alcançado?
Difícil sair dali ileso, sem mácula, se isto acontecer vira herói. É Senhor.
PELA ÉTICA NO PODER!
Solange Sala
Endereço de e-mail: solange.sala@hotmail.com

sexta-feira, 20 de março de 2009

ALMA APRESSADA

Vida momentânea com momentos vividos num tempo de magia!
Assim ... tenha pressa de acordar pra novidade encantadora da vida sorrindo um sorriso largo,desmedido com perfeição e sem fim...
Tenha pressa de sonhar sonhos, transbordante, perfumoso,
Com mãos cheias de possibilidades, alma apressada ouse acreditar!
Esquive-se da fadiga diária, drible sorrateira diferença faça diferença!
Corra andando de maneira tal que alcance vitória no pódio da vida!
Fuja obstinadamente da aparente mediocridade, assim não terás que suportar melindre e frustrações de coisas inúteis, sem real valor, faça então encantadora diferença.
Lute como um guerreiro vencendo batalhas cotidianas, matando inimigos, reduzindo-os a escravidão de sua vontade onde o soberbo orgulho, a vã desesperança e vaidade embutida, fugirão esmagadas de maneira covarde, humilhados, sem norte, não sabendo o que fazer...pois o essencial faz a vida ser diferente, assim não terá que fazer acareação com desafetos, não terás ego inflado com explícita loucura incompreensível e inaceitável...
Então a magia do tempo vai soprar no coração da alma apressada: __ Nunca é tarde pra recomeçar, vale a pena mudar!

Junho de 2008

PELA VIDA

Estou como quem sonha,
Andando pela vida...
Quero viver uma vida,
Sonhando sonhos de amor,

Buscando afetos e amores,
Sentindo o gosto da vida.
Semeando sempre na estrada,
Alegria, serviço, sem temores.

Viver é sempre um desafio,
E de desafios vamos vivendo,
Pois, se alguém ainda não sabe,
A vida só tem momentos.

Assim devemos seguir,
Andando sempre a festejar,
Pois o momento vivido,
Com certeza não voltará...

30/10/05

sábado, 14 de março de 2009

TEMPO

Passarinho cresceu num ninho
Teve dificuldade em se libertar,
Quando criou asas alçou vôo,
Um pássaro dele se encantou!

Passarinho feliz nada percebeu,
Seguindo os sinais do coração!

O tempo foi passando, passando...
Passarinho estava aprisionado,
Saíra de um ninho estranho!
E em estranho ninho entrara.

Uma coisa aprendeu no ninho,
A olhar para o céu e cantar...
Um anjo ouviu seu canto e gostou
Em liberdade o passarinho colocou.

O tempo com tempo cura...
É enfermeiro, tem seus encantos,
Passarinho deu tempo, conseguiu;
Sair do ninho a voar e cantar...

13/11/2005

IGREJA - ABORTO - ESTADO

Os teólogos cristãos (Gregório, Niceno, São Cipriano, Tertuliano), encetaram um combate contra a tese dos juristas romanos (mulieris portio). O feto não era uma simples parte do ventre da mulher, mas um ser dotado de alma. Os pensadores da Igreja proclamaram que o aborto é sempre um homicídio. O pensamento cristão marca uma linha divisória em relação à fase anterior, precisamente por afirmar o direito à vida do ser humano dotado de uma alma racional criada por Deus para a vida e não para a morte.
Em 1976 o Papa Paulo VI, disse que o feto tem “pleno direito à vida” a partir do momento da concepção, que a mulher não tem nenhum direito de abortar, mesmo para salvar sua própria vida. Essa posição se baseia em quatro princípios:
1- Deus é o autor da vida.
2- A vida se inicia no momento da concepção.
3- Ninguém tem o direito de tirar a vida humana inocente.
4- O aborto, em qualquer estágio de desenvolvimento fetal, significa tirar uma vida humana inocente.
Na doutrina religiosa dos protestantes, há um leque maior de atitudes em relação ao aborto. Encaram a questão de forma menos homogênea, apresentando enfoques mais flexíveis do que entre as autoridades da Igreja Católica Romana.
Há uma carta do arcebispo de Canterbury para o Jornal The Times, de Londres, na qual, pergunta: “Para a Igreja e para o Estado, a unidade do respeito moral é a pessoa humana. Quando o embrião humano se torna uma pessoa?”.
O Abade Downside mantém que “não há momento determinante afora o momento da concepção, no qual se possa razoável biológica e fisiologicamente determinar que se inicie a vida humana. Apesar disso, pra mim me parece difícil admitir que comece nesse ponto”.
No primeiro semestre de 2007, o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, declarou que o aborto é uma questão de saúde pública grave, que mata as mulheres e que precisa ser enfrentada pela sociedade e pelo Congresso Nacional.
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva também afirmou que o aborto é um problema de saúde pública e que o Estado brasileiro é laico, ou seja, não deve ter suas políticas orientadas por preceitos religiosos.
Em outubro de 2007, a Ministra - Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, fez uma defesa veemente da mudança de legislação para descriminalizar totalmente a interrupção da gravidez no país. É um absurdo que não haja a descriminalização do aborto no Brasil, pois essa não é uma questão de foro íntimo, mas sim de saúde pública, e precisa ser regulamentada, declarou em outubro de 2007 ao Jornal Folha de São Paulo. Foi muito aplaudida pela platéia que assistia ao evento.
Enquanto a Igreja e o Estado não se definem, vidas estão sendo dizimadas por compreensões diferentes do assunto, no momento, vemos o caso da criança de 09 (nove) anos, violentada pelo padrasto e grávida de gêmeos.
Será que a Igreja realmente se preocupa com o que passa na cabeça de uma criança de 09 anos, que fora violentada desde os 06 (seis) anos de idade, dentro de sua própria casa?
Para a igreja, portanto, aborto é mais grave do que estupro. Os médicos que o realizaram são piores do que o suspeito de pedofilia em Catanduva (SP).
Para Dom José Cardoso Sobrinho (Arcebispo de Olinda e Recife) estuprar crianças é pecado, mas não muito...
Trata-se do típico caso em que a igreja anda para um lado, enquanto o mundo e as pessoas para o outro, em sentido contrário.

SSala – 07 de março de 2009

sábado, 7 de março de 2009

REFÉNS DO MEDO

O questionamento é universal e constante. Somos reféns desse sentimento (medo), que brota em nós, como uma erva daninha. Vivemos em inevitáveis buscas pela ordem, quando defrontamos diariamente com a desordem.
Com o nascer do dia, ansiamos por mudanças, porém nada acontece, ficamos como que aprisionados, encarcerados, nada pode ser feito, é caos!
Vemos o mundo através de caleidoscópio rodopiante, viajamos através de luz em busca de segurança. O tempo, uma angustia, no entanto a ele cedemos.
Temos ao nosso dispor, verdadeiro arsenal de objetos de suposta proteção contra possíveis inimigos, ainda assim continuamos em perigo.
O medo é o estado afetivo suscitado pela consciência do perigo ou que, ao contrário, suscita essa consciência.
Difícil mesmo é encontrarmos residências sem as famosas placas: cerca elétrica, cuidado com o cão, quando não, uma guarita com vigia. Carro sem alarme, definitivamente é utopia.
Porém, precisamos viver e ai? Como conviver com esse estranho sentimento do medo, que assola toda a humanidade?
Misteriosamente, nascemos chorando! É como se o impacto com o desconhecido mexesse com nossas emoções, parece que o choro é uma manifestação implícita de pedido de socorro.
Nesse distúrbio de emoções contidas, que deflagra conseqüências drásticas, com seqüelas, criamos então “cercas de proteção”, ficamos enclausurados, sem gosto de liberdade, juntos a uma sociedade sofrida e anônima, pois padecemos de uma doença universal desde os primórdios, quando o homem procurava se proteger em cavernas, de possíveis inimigos e perigos ocultos.
Ainda assim, queremos viver! Algo dentro de nós clama por vida. O sentimento de sobrevivência gira em torno de nós e ficamos sempre na “defensiva”, buscando uma capa de proteção. O homem é um animal pensante, forte e gregário, apesar da busca pela solidão, anda em caravanas, ainda que na defensiva...
Cercas elétricas, alarmes em carros, vigias noturnos, guaritas reforçadas e dose cavalar de adrenalina, nos motiva a vivermos juntos, nesta misteriosa caminhada, numa sociedade refém do medo e constante perigo.


2.15 – Em “Reféns do Medo” faltou falar um pouco mais sobre estarmos prisioneiros enquanto os criminosos estão à solta. Fale também sobre o incremento da violência motivado pelo narcotráfico. E acho que cairão bem algumas considerações sobre a escravidão ao dinheiro, a corrida louca pela sobrevivência e progresso dentro de uma sociedade altamente consumista e competitiva.


Setembro de 2008

FELIZ ANIVERSÁRIO!

Hoje é dia muito especial,
Mais um ano de vida completas,
Que Deus te abençoe e guarde,
Com saúde, celebração e festa!

Você é mãe muito especial,
No seu lar sempre acolhedor,
Dando sempre a todos nós,
Alegria, mesa farta e calor!

Anda sempre bem charmosa,
Da aparência nunca descuidou,
E para alegria dos bisnetos,
É a Bisa Tereza, sim senhor...

Por causa da elegância,
A Maria resolveu batizá-la
Chamando você de duquesa
Deu nobreza a nossa Tereza!

24/11/2005

sábado, 28 de fevereiro de 2009

BONDOSA MESTRA

(in memorian)
Era como uma brisa suave...
Olhar sereno tinha bom coração!
Ensinava as letras com sabedoria,
Com paciência e muita dedicação.

Se aos alunos cuidava com zelo,
Imagine seus filhos!Como seria...
Sua voz era meiga, firmeza no olhar.
Maria do Carmo uma mestra singular!

Como uma brisa suave ela se foi,
Deixando todos saudosos na terra.
No céu, com harpas, violinos e liras,
Milícias de Anjos cantaram por ela.

08/12/2005

DEMASIADAMENTE IQUAIS

Nascemos com nossas diferenças! __ Seja em raças, culturas, etnias, carga genética, o certo é que achamos que somos demasiadamente diferentes em tudo do nosso semelhante.
Crescemos com a idéia de sabedoria, poder e independência, de preferência gostamos mesmo é de viver em guetos.
Gostamos de pensar que somos suficientes e nos bastamos!
Assim, vamos vivendo neste planeta terra nos achando.
Que mistério é este que tanto envolve e seduz a nós humanos, a ponto de pensarmos que somos imortais???
Nascemos chorando. Todos, ao nosso redor: Sorrindo! Talvez, do lugar escuro de onde viemos (o útero), tenhamos a intuição misteriosa, que voltaremos a qualquer momento, para outro lugar escuro: A sepultura!
Que sentimento estranho de solidariedade póstuma, acomete a nós humanos, quando nos deparamos diante da morte?
Não estamos aqui falando da morte dos nossos amados, por estes nós sabemos como chorar de verdade, rasgando nossas emoções.
Falamos da morte alheia, daquela mais distante, que nos desarma e choca como se fosse à nossa.
A ação do tempo é devoradora, porém nós nos debatemos diante do mistério da vida que clama em nós, queremos viver!
Golpeamos nosso corpo a uma escravidão volitiva de enganos, de que somos imortais ou então que viveremos tanto, que somente sairemos daqui quando estivermos senis de tal maneira, que nem perceberemos a força brutal com que fomos arrancados dessa grande teia que chamamos vida!
E... nessa cadeia misteriosa, somos tão demasiadamente iguais na nossa fragilidade diante da vida física, que quando nos deparamos com a força alheia da morte, somos solidários e fraternos, não ao nosso próximo que partiu, mas, sim a nós mesmos, que já nascemos condenados!

SSALA – julho de 2007

sábado, 21 de fevereiro de 2009

RELAÇÕES HUMANAS

Cá entre nós... Cabe a nós pais e orientadores, já na primeira infância, incentivarmos nossas crianças aprenderem a brincar, de maneira lúdica com outras crianças, para bom desenvolvimento psico-social.
Não acredito de maneira alguma, que uma criança que tenha tempo para brincar com outros coleginhas, venha a ser no futuro um preguiçoso!
Somente interagindo com outras pessoas, podemos adquirir experiências para a vida.
O contato com a natureza, com o outro, com animais de estimação, é de extrema importância na formação da personalidade de nossas crianças.
O grande “vilão” no excesso de atividades na infância e conseqüente falta de brincadeiras pode ocasionar bloqueios na interação, dificultando assim a sociabilidade, pois, criar vínculos vem do olho no olho, da fala, do afeto que é o gerenciador do nosso equilíbrio emocional dentro do nosso contexto social.
Quando brincamos na infância, aprendemos a usar de cumplicidade, a empatia nos leva a aprender princípios, valores e regras, segregando em nós quando adultos a ética, seriedade e compromisso com o semelhante de um modo geral.
Privar uma criança de brincadeiras e contato com outras crianças é correr o risco de comprometê-la na área social-afetiva.
O brincar é uma grande forma de amar, quando nos dispomos a gastar um pouco de tempo, damos o melhor de nós, criando assim fortalecimento benéfico na personalidade da criança.
Outro vilão feroz nos lares é a “falta de tempo”. Precisamos gastar um pouco que seja do nosso “precioso tempo” com nossas crianças a fim de que elas possam responder de maneira satisfatória no futuro.
“Estresse infantil” é causado muitas vezes por falta de atenção, de brincadeiras na primeira infância. Não devemos “roubar tempo” de nossas crianças, com distanciamentos, acúmulo de tarefas e nenhum tempo para distrações.
Brincar de maneira saudável, com limites e horários previamente estabelecidos, cria redes de relacionamentos e ensina a criança a ir com disciplina em qualquer brincadeira ou situação.
Já na primeira infância fica definido o nosso grande facilitador nas relações humanas!!!
“A criança que fui chora na estrada. Deixei-a ali quando vim ser quem sou; mas hoje, vendo que o que sou é nada, quero ir buscar quem fui onde ficou” (Fernando Pessoa).

SSALA – setembro 2007

IRMÂ GENTIL

Para Sônia

Sobejada elegância na arte de bem servir,
Olhar meigo e clínico..., esmero no vestir.
Fino paladar, com doces iguarias a nos tentar!
Dia a dia quebrado de rotina, mil novidades...
Jamais repete vida de sonho, beleza e ARTE
Irmã gentil gosta de festa sem nunca cansar.

Assim sonha! Perfumando, suavizando, eternizando,
Detalhes aqui, lá e acolá, sempre arte a espalhar,
Sonhar com Sônia é sonho, harmonia, arte, é belo!
Tecendo panos, sobremesas e bolos arquitetura plena,
Nossos sentidos e emoções, ela vai sempre mexendo,
Pura magia Magic Sônia vive na arte enternecendo!

Elegante e cativa trabalha disposta irmã gentil
Mesa bonita prato elaborado ficamos extasiados,
Magic Sônia adoça quem chega com doce nobreza,
Chocolate... Morango com chantilly sempre servir
Com arte e magia, vai criando, recriando, adoçando,
Maga Sônia é mega sonho! Beleza e arte festejando.

Agosto de 2008

sábado, 14 de fevereiro de 2009

MATUTO NA CIDADE

Seu nome era José
Que na cidade chegou
Ficando logo assustado
Com as novidades,
Que logo encontrou...

Aqui era tudo estranho,
Cedinho saía pra trabalhar
E no vaivém daquele lugar,
O transporte aprendeu usar.

Muié virou mulher,
Cumpade virou compadre,
Amigo aqui era “Bicho”,
E namorar era “ficar”...

José ficou preocupado,
Com as diferenças aqui,
E, com saudades da roça,
Não conseguia mais sair.

O tempo foi passando,
Saudade foi aumentando
José encabulado ficou.
Então resolvido falou:

Vou procurar seu Doutor,
Que de quebra lhe receitou
Remédio pra depressão...
José assustado falou:

Sabe, seu Doutor?
Do lugar de onde vim
Sôdade é curada assim,
Toma café bem cedinho,
Óia o céu azuzinho,
E co’enxada na mão,
Espanta “danada” pra longe...
Vivendo uma vida mió!

05/11/2005

PÃO NOSSO DE CADA DIA

“O pão nosso de cada dia”, é uma referência a tudo o que necessitamos para sobrevivência: Pão, água, calor e o lar, o trabalho e a comunidade e sem a providência Divina, fica difícil o dia a dia carregado de sustos e incertezas.
DEUS dá-nos a terra sobre a qual cresce o trigo e o arroz, a mandioca e o milho. O fruto da terra e do trabalho dos homens, a fim de que haja partilha com os que têm fome...
Um visitante estava admirando uma fazenda bem cuidada de um amigo. “Deus e você fizeram um belo trabalho neste lugar”, comentou o visitante. “Estou admirado como tudo está bonito.”
O fazendeiro respondeu rispidamente: “Você deveria tê-la visto quando DEUS cuidava dela sozinho. Não era nada mais do que carvalho mirrado e amoreiras silvestres”.
Vemos neste comentário soberbo orgulho e rebaixamento da divindade, e talvez tenhamos notado a brecha no raciocínio do fazendeiro.
Quando Deus cuidava, ele mesmo, do mundo, tudo era muito bom, (Gênesis 1.31), porém quando entra o homem na história da humanidade, ai sim, vem o caos.
Foi ele (o homem), quem fez a desordem em todas as coisas, em todo lugar, as populações estão explodindo, fazendeiros estão cortando e fazendo queimadas (em florestas), de maneira impiedosa, buscam fazer plantações em terras que somente permanecem férteis por pouco tempo (antes de se tornar deserta).
O mau uso está arruinando a terra. A fome persegue a humanidade de maneira assustadora porque o homem governa o mundo a seu modo ignorante e egoísta.
Vivemos numa sociedade consumista, mimada, cada qual por si tendo dificuldades em enxergar outra realidade diferente daquela vivida (cômoda e fácil), estacionamos reais valores e entramos numa cadeia viciosa de superfluidade.
Nunca duvidamos do aparecimento de nossa próxima refeição, tampouco tememos o frio por causa de nossas roupas esfarrapadas e assim vamos vivendo sem crescimento espiritual reflexivo e diário.
Daí surge uma pergunta? __ Como seria se de repente eu perdesse tudo, meu conforto pessoal, minha bonita casa, meus dois ou quem sabe três bonitos carros?

Ficamos assustados por um milésimo de segundo (batemos numa madeira), para espantar os maus espíritos e nossa mente novamente fica povoada de “outro pão”, que não seja o material que graças a DEUS é sempre abundante na nossa mesa.
A humanidade sofre de um mal infeccioso (indiferença e egoísmo), está pouco ligando para as mazelas daquele que realmente sofre.
Assistimos todos os dias a tragédias, calamidades, desabamentos, secas... Outros tantos tocam suas vidas como se nada acontecesse.
E nesse desequilíbrio de sentimentos, perdemos a sensibilidade, a capacidade de chorar (literalmente deserta) de emoção, a humanidade caminha a passos largos para o caos total.
O pão é o mais importante entre todos os alimentos. Em todas as culturas. Tanto que a FAO (Organização das nações Unidas para Agricultura e Alimentação) lhe rende homenagens, tendo no seu logotipo a frase “Fiat Panis” ( Faça-se pão), inspirada na frase bíblica “Fiat Lux” ( Faça-se a Luz). É o mais simbólico dos alimentos, também.
Ainda está em tempo! Faça alguma coisa, fale ao faminto (em termos de pão) e esperança permanente, pois é por ele que devemos orar todos os dias, é pela graça de Deus que comemos e vivemos cada dia de nossa vida, assim agindo, o resto não fica demasiado em nós!
“Mais importante do que ter pão é partilhar o pão”. Dom Hélder Câmara.

SSala - Novembro de 2008

sábado, 7 de fevereiro de 2009

LADRÂO DE NOSSAS ALMAS

Dizem que o “pior ladrão” é aquele que rouba a nossa alma.
__ Mas, de que maneira isso poderá acontecer? Talvez, quando levantamos um falso testemunho, quando julgamos com injustiça, quando falamos mal do nosso semelhante, são atitudes grosseiras, que teimam povoar o imaginário humano.
A respeito do julgamento severo de uma sociedade perversa e corrupta, recheada de “doutores” da lei, vimos, há mais de dois mil anos atrás, em Israel uma mulher sendo pega em adultério e humilhada em praça pública por hipócritas escribas e fariseus, não foi vitimada, por conta de um jovem, que ousou desafiar “o sistema” apenas com poucas palavras: Aquele, que não tiver nenhum pecado, atire a primeira pedra!
__ E, para espanto daquela miserável criatura, todos os seus acusadores literalmente fugiram cabisbaixos, sem condições de encarar a si próprios, tampouco o MESTRE.
Ele acreditava que, ainda que ela estivesse errada, sendo estigmatizada como pecadora desprezível e pessoa indigna era possível fazer algo por ela.
É fundamental estender a mão, acolher e garantir esse processo de transformação do indivíduo, para que no tempo certo e de forma adequada a pessoa seja recuperada em sua dignidade e auto-estima.
Desta forma poderemos ver e conviver numa sociedade mais justa e fraterna.
Que Homem marcante! Que vida singular!
O REI DOS REIS! ___Ele, que descartou a possibilidade de um trono terreno por ter conhecimento de sua falibilidade, implicações e falta de valor real!
Sempre usava de misericórdia para com os excluídos irmãos, abominando a aparência frágil das coisas.
Talvez, se julgássemos os outros na medida em que gostaríamos de ser julgados, haveria menos sofrimento entre nós.
Gosto da máxima de Bernard Shaw quando diz:
“Num julgamento, a ira é má conselheira; a piedade é às vezes pior, mas não devemos esquecer a misericórdia. Lembremos apenas que a justiça vem antes”.
William Shakespeare vaticinou a respeito dum julgamento infiel da seguinte maneira: “Quem me rouba a honra priva-me daquilo que não o enriquece e faz-me verdadeiramente pobre.

MÁSCARA

Desde sempre íntimas amigas
Inseparável, sombria ela me conhece.
Me conhece por inteiro, mesmo quando
Me escondo, no inconsciente do meu porão,
Penso e transgrido, mas, minha máscara sombria
Fiel companheira está a postos para me consolar.
É como se fôssemos uma só pessoa...
Uma dualidade de almas a se mascarar.
Uma não fica sem a louca companhia da outra.
Por vezes fico cansada...
Então tento destruí-la
E penso numa maneira feroz de esmagá-la...
Pressentindo minha animosidade, ela aquiesce, sorri,
Desaparece...
E eu fico numa alegria desassombrada,
Sorrio do nada, faço piruetas, parecendo liberta!
Como uma sombra, lá está ela, no porão da minh'alma...
Fazendo presença forte dentro de mim, é uma relação de
Amor enfermo e neurótico...
Uma junção de almas,
Como dizem os loucos amantes...
E assim vamos nos
Enganando, nessa conivente congruência, tentando
Enganar aos outros com nossa máscara compulsiva.

sábado, 31 de janeiro de 2009

O VIGIA

Ouço um apito suave na noite,
É o vigia se anunciando na rua,
Das sete da noite até dia clarear,
Os fantasmas, ele espanta da rua!

A rua dorme! É sono tranqüilo,
Com o sussurrar daquele apito,
Sabemos que a nossa rua,
É sossegada.Tem vigilante!

Assim é a noite na nossa rua,
Com céu estrelado ou neblinando,
Ensimesmada o escuto apitar e penso:
Quem toma conta daquele vigia?...

06/12/2005

CÁ ENTRE NÓS...


Vivemos no desequilíbrio das nossas emoções!
Parece que perdemos a noção de certos valores, que quando bem trabalhados geram afetos, amores, segregando em nós uma vida mais compartilhada, afetiva e coletiva.
Já acordamos atrasados, sem tempo sequer para perceber a novidade do dia que “começa,” faltando em nós, sensibilidade pra sentir o alvorecer de um novo dia!
Falta tempo pra uma visita aquele amigo que saiu de uma cirurgia dolorosa e precisa de um “oi! Estou aqui,” conte comigo...
Falta tempo para um afago, um compartilhar, um “andar juntos”, com nossos filhos, que crescem, recebendo de nós, pais bem intencionados, acúmulo de informações: Curso de inglês, francês, aula de balé, judô, natação, festas de aniversários com os coleginhas, shopping, cinema, enfim uma série de preenchimentos e afastamentos familiares...
Quando chega à noite, já esgotados pelos desafios do dia, os colocamos pra dormir, sem direito a uma “paradinha”, nem que seja pra falar: Deus te abençoe meu filho, durma bem!
E... assim vamos vivendo, com a doce ilusão do dever cumprido!
Carinho nunca é demais! Gastemos mais um pouco de tempo com nossos pares, nossos filhos, nossos netos, nossos irmãos, nossos amigos...
Nesse resgate emocional, teremos uma sociedade mais justa e equilibrada, pois família bem estruturada é atemporal e ainda que os mecanismos recorrentes tentem esfacelar os lares com conceitos distorcidos, a família ainda é a célula mater, o elo de maior sustentação entre os povos.
Cá entre nós! Ajuizemos melhor as nossas emoções, sejamos um administrador fiel e fraterno do nosso precioso tempo!

SSALA – Maio de 2007

domingo, 25 de janeiro de 2009

ENFERMEIRO EFICIENTE

A ação do tempo é devoradora, não devemos perder tempo com “coisas” pequenas, quando temos um leque de oportunidades à nossa frente.
Cada momento vivido é único e não se repete! Porque ficar martirizando nossas mentes com angústias, culpas, aborrecimentos, “fantasmas” sem solução?
O que não tem solução, solucionado está! O certo é que, nós construímos a nossa história...
Se algo não vai bem em nós, é necessário tomadas de posições, revisões e questionamentos para que possamos enxergar “possibilidades”, pois, desanuviando nossa visão, com certeza nossos dias ficarão mais claros e menos cinzentos
“O inferno são os outros”, já disse Jean Paul Sartre, de fato, de vez em quando, somos assolados pela idéia de que nossa vida seria bem menos complicada se não estivesse tão povoada...
Não resta a menor dúvida que é bem mais fácil colocar a culpa nos outros pelos resultados dos nossos dramas e fracassos.
Somos o resultado de nossas “escolhas” e nossa caminhada existencial é feita em caravanas, ninguém viaja sozinho.
Viktor Frankl ensina que quando a circunstância é boa, devemos desfrutá-la, quando a circunstância não é favorável, devemos transformar a circunstância e quando a circunstância não pode ser transformada, devemos transformar a nós mesmos.
Precisamos prestar mais atenção nas pessoas, no sofrimento alheio, nos “recados da natureza”, sair de vez em quando da nossa zona de conforto, evitar a superfície, para crescermos um pouquinho mais... Desse modo, o universo de “fantasmas” que nos roubam a paz, fica bem menor.
Nada como um dia atrás do outro... O tempo é um enfermeiro eficiente, porém muitas vezes ficamos aprisionados ao passado e futuro e o presente, fica sufocado em nós.
Cativos do tempo, porém, ele avança e avança, sob a tutela das horas, a despeito de todas as dificuldades e obstáculos, é possível sonhar e ainda fazer planos, vale à pena criar e recriar sem medo nem culpa de querer apenas e tão somente ser feliz, vivendo com possibilidade e potencialidade, pois A VIDA É BELA!

MÃO SUPREMA

Estenda tua mão Senhor, s’tou aflita,
Precisamente hoje acordei angustiada,
Faça de mim instrumento melhorado.
Conceda-me Tua Paz! Esta Paz que
Excede o entendimento humano e falho.
Dê-me a chance de falar de Ti ao faminto,
Em termos de pão, misericórdia e ação...
Que eu possa ser sensível àqueles que já
Nascem desassistidos e desamparados.
Não permitas que eu viva aqui indiferente,
Muda, correndo atrás do vento que passa!
Mas, que cada amanhecer... Ao despertar
Eu veja tua LUZ! Sinta tua presença,
Que transforma, resgata, redime assim...
Viverei restaurada, c’om novo alvorecer!

sábado, 17 de janeiro de 2009

LIBERDADE

Ando pela vida adormecida a sonhar,
Quero andar pela vida destemida,
Sentindo melhor o pulsar da vida,
Levada pelo vento, a dançar...
Uma dança alegre e ritmada
Olhando a vida com olhos de amor.
Quero ver meus irmãos protegidos,
Sonhando sonhos de liberdade!
Um dia, quem sabe? Possa ver meu irmão,
Andando pela vida em igualdade...
Seguindo caminhos afora a cantar,
Num mundo de Amor, Justiça e Paz!

O EFÊMERO E O ETERNO

Cada ser humano vem sozinho ao mundo, atravessa pela vida como uma pessoa separada e morre finalmente sozinho. As fases de passagem pela vida física e para além dela, trazem muitas experiências, onde tudo é passageiro e impermanente. As situações, os encontros e os fatos da vida surgem, permanecem por algum tempo e se vão.
Certo que o coração do homem tem um vazio do tamanho de DEUS (Fyodor Dostoyevsky), na verdade a humanidade se angustia por buscas e significados, significados que cabe dentro do coração de cada um.
Nessa corrida insana, perplexos diante das tragédias, dos holocaustos, das barbáries, da violência urbana, da desigualdade social, da indiferença com que caminha a humanidade, pessoas (vivendo num verdadeiro labirinto), carregado de sustos e incertezas.
E como num sentido secreto das coisas, sonhos por vezes se desvanecem como fumaça gerando resultados ásperos.
Entre o jogo arriscado e formoso da vida: A terra, o ar, a água e o fogo, tudo fica despercebidos, mentes se aplicam às simétricas porfias da arte, entretecendo e defraudando a natureza humana com pequenez de atitudes e gestos.
O pai da psicanálise, o perscrutador da alma humana, falou o seguinte a uma jornalista: “Eu não me rebelo contra a ordem universal. Ainda prefiro a existência à extinção. Talvez os deuses sejam gentis conosco, tornando a vida mais desagradável à medida que envelhecemos. Por fim, a morte nos parece menos intolerável do que o fardo que carregamos”.
Entre perdas e ganhos, nascem sentimentos contraditórios, legitimando a vida, e a realidade da morte resgata realidades com mil possibilidades entre a transitoriedade da vida (o efêmero) e o eterno (a plenitude).
Enquanto essas questões não forem resolvidas, ela (a humanidade), estará em maus lençóis. De fato a maioria das pessoas está mesmo em maus lençóis, pois pouca gente já conseguiu respostas satisfatórias para as perguntas universais: de onde vim, para onde vou e o que devo fazer no intervalo?
Ouse imaginar além do horizonte uma linha divisória entre o efêmero e o eterno e quando partir daqui, noutra dimensão, quem sabe? ­__ Poder sentir que tudo em você foi cumprido como devia.

Solange Sala

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

JUVENTUDE

Juventude é jovem a sorrir...
Com ideais, idéias e esperanças,
Esperanças que os impulsionam,
Seguindo sempre a caminhar.

Abram alas para este povo,
Povo forte que nada teme.
Destemido, corajoso,
Juventude sempre a brilhar!

Avante! Seguindo em frente,
Com ideais por que lutar,
E com idéias varonis,
E esperanças a germinar.

Que seria d’uma Nação
Sem este povo a fustigar?
Aguerrida juventude,
Sempre pronta a enfrentar!

30/10/05

domingo, 11 de janeiro de 2009

NORDESTINO

São Paulo foi a terra escolhida,
Dos nordestinos que queriam enricar
Partiram em busca de melhoras,
Aprenderam bem cedo a não sonhar...

São Paulo é SAMPA, terra pros ricos,
Nordestino só vai lá trabalhar,
Se não acreditam no que eu falo,
Façam um teste e vai pra lá...

Nordestino é cabra teimoso e insistente,
Acredita que em São Paulo vai melhorar,
Levanta cedo e no escuro sai de casa,
Na esperança de um dia rico ficar.

Tantos anos se passaram...
Nordestino em mesmice ficou...
Orgulhoso e teimoso não desiste,
Trabalhando em São Paulo insiste...

Meu avô, prudente, dizia,
Que o sabido sempre aprende
Com as experiências alheias...
E como não gostei do que vi,
Fiquei trabalhando por aqui...

"CONSTRUINDO PONTES"

Na história da civilização da humanidade, temos visto a superação do homem, na busca de descobertas para superar seus limites, vencendo obstáculos.
Foi assim, quando ele sentiu necessidades de trabalhar no plantio e lavoura de maneira menos cansativa e mais rápida!
Segundo algumas hipóteses, a roda foi inventada na Ásia, há 6000 anos, na Mesopotâmia talvez. Foi uma invenção de importância extraordinária, não só porque promoveu uma revolução no campo dos transportes e da comunicação, mas também porque a roda, com diferentes modificações, passou a fazer parte de numerosos mecanismos e contribuiu para um incrível impulso ao progresso humano.
Como nasceu a idéia de se construir a roda? Talvez dos troncos que muitos povos, inclusive assírios e egípcios colocavam sob grandes massas de pedra, a fim de que estas corressem melhor pelo terreno, quando queriam transportá-las.
Os veículos com rodas, puxados nos primeiros tempos por bois, depois por asnos e finalmente por cavalos, pouparam muito trabalho e muito cansaço ao homem.
Os animais já não tinham a agilidade que ele necessitava, na locomoção entre lugares mais distantes.
Em seguida, então ele usa a sua mente imaginativa e criativa, para com a utilização da roda com aros, inventar a biga.
Uma biga é um carro de duas rodas movida por dois cavalos, semelhante a uma quadriga (movida por quatro cavalos. Foi usada durante a Antiguidade como carro de combate, mais especificamente durante as idades do Bronze e do Ferro.
... Na antiguidade, cerca de 2000 aC, na Roma antiga, vimos os famosos cavalheiros do império, heróis de guerra, em bigas aparelhadas com duas rodas, em disputas sanguinárias, procissões, jogos, apresentações nas arenas, etc.
Mais adiante surgem as elegantes carruagens, conduzindo nossos antepassados, de acordo o poder aquisitivo do seu dono... Ou então alugavam uma, como se fosse um táxi (conduzida por animais).
Para singrar os oceanos com seus mistérios, surgiram às embarcações, com cascos resistentes, para enfrentar tempestades em alto mar.
No início do século 20, surge então o automóvel! __ Magnífica invenção do norte - americano pioneiro e famoso empresário Henry Ford.
Também vimos, neste mesmo começo de século, um brasileiro __Alberto Santos Dumont__ visionário brilhante, inventar um pássaro gigante, mais pesado que o ar, para sobrevoar nuvens, com a leveza das aves...
... Surgindo assim o avião, encurtando distâncias.
O avião pertence ao rol das grandes descobertas registradas na longa história da humanidade.
Podemos contemplar que no curso da história, mentes brilhantes foram projetando sonhos, alcançando metas, superando obstáculos.
__ Porém, o maior desafio, a maior superação do homem, é quando ele supera a sim mesmo, suas dificuldades físicas de locomoção, transformando impossibilidades em possibilidades, vencendo seus próprios limites!
Pintores com pés e boca, pintam de maneira milagrosa e surpreendente suas telas, fazendo harmoniosos trabalhos com pincéis e tintas, com a técnica e perfeição de um Portinari.
Outras vezes, assistimos deficientes visuais, andando nas ruas, atravessando longas avenidas, conduzidos “apenas” por uma bengala e o senso de direção, adquiridos na “escuridão”, percorrendo caminhos, que aos olhos de uma platéia muda (muitas vezes sem sensibilidade nenhuma), pensa ser impossível...
O que “comanda” o ser humano na superação de desafios? __Com certeza não são só braços e pernas, mas, mentes brilhantes, na “construção de pontes”...
... “Deficientes”, atletas nadadores, ciclistas, corredores em cadeiras de rodas, cientistas, escritores, empresários, médicos, artistas plásticos, pais, professores, velejadores, enfim... Vencendo dificuldades, construindo pontes!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

JANELA PARA O CÉU

___ São tantos os desafios da vida,
que não dá nem para perceber,
A beleza do sol que nasce e aquece,
Iluminando sempre o nosso ser...
D'onde estamos, vivendo em correria,
___ Nunca temos tempo a perder!
Embrutecidos, ausentes, alheios...
Pequenas coisas ficam sem ver!
Necessário se faz uma morte diária...
Morrendo e vivendo, então renascemos,
Olhamos pro céu, uma janela st’a aberta
Vislumbramos anjos, descendo d’além,
__ Tocando harpas, violinos e liras!...
Abre-se uma cortina, então descortina,
Corações redimidos suspirarem contentes!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

TEMPO

O tempo age de maneira voraz sobre nós. Tempo bom é tempo bem gasto, prazeroso e vivenciado.
Quando bem usado, cura males...Cicatriza feridas!
Precisamos ter tempo para usufruir as coisas simples e belas, andar a esmo, apreciar o canto dos pássaros, observar com alegria a natureza, mas nunca temos tempo, vivemos em agonia...
Corremos de maneira insana como se quiséssemos pegar o tempo, porém ele passa veloz como que fazendo piruetas, gargalhando e cumprindo seu destino...
Nesta seqüência de dias, vivemos tempo mal vivido talvez ou sem sentido. Somos tragados pela ação do tempo
Então, ao longo do tempo descobrimos “nele” um devorador de dias...
Nós “o” temos defraudado, gastamos mal nosso precioso tempo, em contrapartida ele nos devora de maneira mansa e eficiente.
Como nunca temos tempo, então descobrirmos que “falta de tempo é desculpa de quem não tem tempo por falta de método”.
Não tente parvamente recuperar o tempo perdido, nem deixe para amanhã o que pode ser feito hoje...
Mas, ainda está em tempo! Então ouse, reinvente, experimente. Viva intensamente o que o cotidiano tem de melhor: TEMPO PRA VIVER!

sábado, 3 de janeiro de 2009

MOMENTOS

A vida é um fio,
Viver é um desafio,
Só momentos!

Viver é preciso.
Com precisão...
Lentamente vamos vivendo,
Desafiando cada instante,
Vivemos de momentos,
Sabendo que a vida é um fio,
É desafio...É precisão...

BENDITO COTIDIANO

Definitivamente nosso cotidiano é permeado de rotina, existindo em nós sintoma permanente e vital, que responde de maneira natural, sem sustos!
Quem não gosta de acordar quase sempre no mesmo horário, tomar um bom banho, buscando assim, forças para o desafio do dia que começa, saboreando seu cafezinho, lendo o jornal (quando tem tempo), saindo às pressas para o trabalho ou escola? (não importa).
E se não quisermos nos atrasar, vamos rápido movimentar, fazendo o que todo dia fazemos de maneira automática.
Bem! O certo é que nossa vida por si só, já é uma rotina... Mas, é a partir dela que construímos nossa vida de afazeres e trabalho.
Acreditamos ser nossa vida uma eterna mesmice! Decidimos então fazer algo diferente para driblar a malfadada rotina.
Começamos por mudar de maneira radical hábitos costumeiros: mudamos nosso visual, dando um realce no jeito de vestir, ao invés do café matinal tomamos suco, percorremos outro caminho para o trabalho ou a escola...
Cumprimentamos aquela pessoa que achávamos antipática e ficamos surpresos quando ela de maneira afável nos responde.
Retornamos para casa a pé, por um caminho diferente, observando os transeuntes absortos passando pelas ruas da cidade, o sol que se põe exuberante no final de tarde, os jardins floridos das praças com pássaros cantando alegres ao retornarem aos ninhos e, quando chegamos ao nosso lar, de maneira misteriosa, percebemos em nosso íntimo, um estado de ânimo diferente.
No dia seguinte lá vamos nós, tentando reinventar uma maneira de driblar nossa rotina fazendo coisas diferentes e que de maneira sorrateira, instala-se em nós com aconchego de rotina.
Porém, descobrimos que ela, apenas ficou camuflada, mudou de roupagem, foi chegando de mansinho, transformando-se naquela rotina, ou seja: bendita rotina!
Que seria de nós humanos, demasiadamente humanos, sem nosso bendito cotidiano, carregado de rotina, sustos, incertezas e agradáveis surpresas.
De maneira surpreendente então descobrimos: Rotina, você é bendita entre nós!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

DESENCONTRO

Numa tarde cinzenta, ele se foi,
Então chorei o amor perdido.
Dentro de mim, havia um fogo,
Fogo que consumia e aliciava!

Muito tempo fiquei só...
Sem afetos, nem amores,
Exilada de mim mesma,
Chorando minhas dores.

Mas, como viver sem amor?
O amor nos impulsiona a viver,
De repente, acordei para a vida.
E a vida sorriu para mim...