sexta-feira, 31 de julho de 2009

AMIGO FIEL

Anne Sala Leite (minha neta) tem um “amigo”, bastante fiel, não somente a ela, como a sua mãe (minha filha).
É Dudu, um Poodle, com 04 anos de idade, amoroso, inteligente e
companheiro.
É considerado uma das raças mais obedientes, dóceis e versáteis!
Ele tem grande poder de associação e aprende tudo com facilidade.
Acompanhamos de perto o seu convívio em família e ficamos encantados com tamanha presteza.
Ele consegue, literalmente, tomar conta de tudo que diz respeito à Anne e Milena. __Toma conta de maneira ciumenta do computador e da cafeteira do curso.
Costumo dizer que ele é um guardião fiel da família...
Se alguém aproximar de minha neta ou de minha filha, para um afago, um carinho, ele “rosna”, e, se descuidarmos, ele investe em cima, apronta das suas e corre.
Tenho uma amiga que diz o seguinte:
Uma pessoa para ser considerada “razoavelmente boa”, precisa gostar de crianças, ter paciência com idosos, gostar de animais e plantas.
Na ótica dela, o ser humano, para ser essencialmente trabalhado, “ser gente”, tem que ter esta singularidade.
Acolho com carinho seu ponto de vista, concordo plenamente, pois quando me aproximo de meus netos e os escuto, vejo a grandiosidade e benefício que eles me causam, muitas vezes passando “mensagens e recados” interessantes...
O universo infantil é enriquecedor, seria muito bom se nós adultos,
investíssemos “mais tempo” em nossos filhos e netos, pois, como bem disse Saint Exupéry “só as crianças sabem o que procuram, só as crianças esmagam o nariz nas vidraças”... quando escuto de maneira atenta os sábios conselhos e chavões dos idosos, ganho experiências e obtenho crescimento interior, quando cuido das plantas (já entro em casa melhorada), é como se a terra tivesse uma influência magnética, com poder curativo, quando vejo DUDU com tanta devoção aos seus, fico comovida, enfim, seria muito bom se pudéssemos usufruir do bem maior que é vivermos num “eterno aprendizado”, com a simplicidade do nosso cotidiano... Meu avô materno sempre dizia:
“QUE O SABIDO APRENDE COM AS EXPERIÊNCIAS ALHEIAS.”

OUTUBRO DE 2007

sexta-feira, 24 de julho de 2009

FAZENDO A NOSSA PARTE

Precisamos fazer a “nossa parte” onde a desigualdade é soberana, onde vemos irmãos sem agasalhos, sem alimentos, muitas vezes caídos nas ruas sem nenhum horizonte, com fome e sede de justiça.
A fome e o frio alteram a estética humana, deixando-a esquálida e perdida...
Qual a responsabilidade do Estado? O Estado é laico e tem responsabilidade social em amenizar a situação com consciência e uma reflexão fraterna da realidade sócio-econômico-politica, marcada pela injustiça, pela exclusão, por índices sempre mais altos de miséria.
A nossa “sociedade fraterna” está ferida, precisamos de restabelecimento e compromisso urgente.
Assim sendo, ela caminhará em superação a marginalização, opressão e exclusão em que vive a maioria do povo, criando projetos solidários de comunhão e participação.
Qual a nossa responsabilidade? Precisamos fazer a “nossa parte”... Agindo de maneira fraterna e solidária com posições e gestos, ajudando nossos excluídos irmãos e as pessoas de boa vontade a viverem a fraternidade em compromissos concretos no processo de transformação da sociedade a partir de um problema específico que exige a participação de todos na sua solução.
Retomando a pregação dos profetas confirmada por Cristo, segundo a qual a verdadeira penitência que agrada a DEUS é repartir o pão com quem tem fome, dar de vestir ao maltrapilho, libertar ao oprimido, promover a todos.
Assim, teremos então uma sociedade transformada, mais justa e solidária, com menor sofrimento, maior igualdade, menor opressão.
Isto nos faz lembrar a fábula do Beija-Flor, carregando água no bico para tentar apagar o incêndio na floresta onde vivia, e, naquela lide, quando ele estava com as pernas chamuscadas pela quentura do fogo, quase sem forças, aparece o leão (rei dos animais), de maneira crítica zomba e questionou tal gesto, ele simplesmente responde: __ “Eu estou fazendo minha parte”.
“Deste modo, o bem não deve ser objeto de pura contemplação, mas deve haver uma íntima adesão do espírito a ele, um amor total ao mesmo, que possa nortear os atos do homem, sua ação, sua prática. O bem liberta o homem e move sua ação espiritual e concreta”. Sócrates

Julho de 2008

sábado, 18 de julho de 2009

NOSSOS AVOS

Na trilha das nossas emoções e resultados afetivos, sempre fica, atrás de nós, uma espécie de anjo protetor! Derramado bênçãos sem medida sobre nossas vidas.
Vasculhando nosso inconsciente, vem à memória, aquele doce Anjo chamado Vovó, porte elegante, sempre disposta, educando-nos com a brandura da maturidade, visualizando em nós, seus netinhos queridos, uma vida promissora.
... Enfim, não podemos de maneira alguma subestimar o valor do legado benefício, que nossos antepassados avós, deixaram em nós.
Lá iam eles, de maneira sutil, com a experiente sabedoria dos anos, dando "bom recado", gerando resultados surpreendentes!
Qual de nós (netos), não teve um avô ou avó singular, com "aqueles chavões": Diga-me com quem andas e eu te direi quem és, uma ovelha má, põe o rebanho a perder, costume de casa, vai a praça, o segredo é a alma do negócio...
Sobradas lembranças! Quando somos abençoados por nossos avós, ficamos com a sensação, de que uma "áurea celeste" nos envolveu através da bênção gerenciadora e que anjos celestiais, tocam harpas e liras ao nosso redor, nos protegendo e dando suporte para vencermos os desafios diários.
Dizem que netos purificam as vidas dos avós! Fazendo uma viagem no tempo, vemos que foram nossos avós que purificaram às nossas, quando nos abençoaram e abençoam de maneira tão singular.
Hoje, na sociedade contemporânea, avós tomaram rumo diverso, quando enfrentam situações limite na família de separação dos filhos ainda iniciantes no casamento ou mesmo uma gravidez precoce (netos), não desejada, tampouco planejada.
Uma das causas que está se tornando cada vez mais comum na sociedade é presenciarmos avós cuidando dos netos (filhos dos seus filhos), e vemos que há problemas emocionais, entre outros envolvidos na história.
Uma jovem de 13 ou 14 anos não está emocionalmente preparada para assumir e cuidar de um bebê, muito menos de uma família e esta difícil tarefa na maioria das vezes fica ao encargo dos avós, para assim permitirem que seus filhos estudem (ou trabalham), se for o caso.
Neste mercado competitivo, os avós trabalham, garantindo assim uma renda familiar saudável, amparando (material e emocional), filhos e netos, sendo geradores de bênçãos.
Todo nosso carinho aos nossos amados avós, que vão de maneira sutil protegendo nossas emoções, dissipando nossos medos com exemplos e sábios conselhos, fazendo "aquele bolo" sui gênere, com os ingredientes atemporais: Amor, alegria, paz, benignidade, fé, paciência, tolerância, misericórdia, mansidão, domínio próprio, resultando assim uma vida equilibrada, numa sociedade mais justa e solidária.
"Os sábios educam pelo exemplo", esta deve ser a máxima de todo avô consagrado, na sua cartilha familiar e universal.
Julho de 2007 - SSALA

sábado, 11 de julho de 2009

FAMILIA FELIZ

Outro dia, passou uma reportagem na TV, a respeito do alicerce e estrutura familiar e da alarmante estatística de divórcio que persegue como fantasma nossos lares.
No Brasil a incidência não para de crescer. Os divórcios aumentaram 55%, entre 1991 e 2002.
Em meio a um turbilhão de emoções como renúncias, respeito a espaços, orgulho ferido, abandono, traições, insultos e cobranças, fica difícil qualquer relação, porém, até para ser feliz, exige de cada um dos envolvidos um preço a pagar...
Nada mais bonito e estimulante, que vermos um casal caminhando sempre juntos, não importa os desafios impostos, o certo é que foram fortalecidos por laços espirituais e eternos.
O tempo tem seus mistérios... e encantos! Bom seria se o compromisso assumido no momento do êxtase fosse cumprido incondicionalmente, porém, o que muitas vezes existe nos bastidores de uma “casa”, são sentimentos contraditórios e sufocantes. É complicado!
Aqui mora uma família feliz! Estava escrito na placa de madeira, fincada na terra adubada do jardim florido, daquela casa luminosa, numa rua encantada, mas parecendo um bangalô de felicidade.
As crianças ali brincavam de maneira serena, correndo pelo jardim, soltando pipas e balões, enquanto o papai saía para trabalhar, a mãe, com ternura e graça, tentava colocar ordem no seu doce lar, cuidando dos filhos com dedicação e temperando a refeição, com o “tempero” do amor.
Naquele “cantinho” perto do céu, as crianças vão crescendo de maneira equilibrada e prudente, sabendo que a vida é feita de alegrias, limites e desafios, porém, amparados na harmonia dos pais, eles vão tecendo sua própria história.
São pequenas felicidades certas, algumas vezes contidas, outras cheias de lágrimas e sorrisos também, da janela do coração de cada um que vive naquele “cantinho”, almejando ser feliz!
Todos os dias um bem te vi pousa numa árvore daquele jardim e canta anunciando sua felicidade, outras, um galo desperta o sono dos seus moradores no alvorecer de cada manhã.
Na rua, transeuntes pra lá e pra cá entre agonias e sonhos... na busca do pão de cada dia, avistamos crianças indo para a escola, naquela correria, com corações cheios de esperanças, sabendo o que procuram...
Não é um ritual esta felicidade certa, é apenas um apelo àqueles que ainda acreditam em possibilidades nas entrelinhas de cada coração, para que o amor não esmoreça e acreditem que num lugar qualquer, ainda existe cantinhos e bangalôs com seus ternos amantes... Pois felicidade é sorrir, chorar, amar e viver.
Compartilhar, perdoar, e repensar na criança que fomos um dia, sem máscaras, desarmadas, buscando sempre o caminho certo a seguir, sem nunca desistir!

SSala – novembro de 2007

sexta-feira, 3 de julho de 2009

NOS BRAÇOS DE MORFEU

Por conta da violência urbana, a sociedade vive o dia a dia envolto em medos, sem falar na carência de efetivos para vigiar a cidade, fazendo aquela “ronda”, pelas ruas!
A criminalidade tem crescido de maneira assustadora, o crime organizado em parceria com o tráfico de drogas persegue a sociedade, que vive “encarcerada” em seus lares sem nenhuma segurança.
Trancados em suas residências, com muros protegidos por cercas elétricas e os carros segurados, ainda assim, colocam um vigia, para fingir que faz sentinela, dormindo de maneira pacífica, sonhando nos braços de Morfeu.
As estatísticas mostram que o tráfico tem crescido de maneira vertiginosa, com ramificações, alcançando cidades menores, entrando de maneira sutil nos lares, destruindo famílias.
Os jovens estão expostos e fragilizados, vivendo dias caóticos, com excesso de consumo e valores morais perdidos.
A juventude vive sem saber lidar com suas emoções, não sabem receber um “não”, como resposta, reagindo de forma violenta a qualquer rejeição.
A família caminhando a passos largos para sua destruturação, pais acusam falta de tempo e excesso de trabalho (para investirem), em relacionamento de acolhimento e afeto com seus filhos.
O Estado é laico e falho, quando permanece indiferente e sem alternativas para uma mudança legítima no sistema de segurança púbica, à beira de um caos social.
Nossas Leis e efetivos são insuficientes para banir o mercado ilegal que circula livremente, e, assim, os jovens são alcançados, sem direito a retorno.
O indivíduo fica impotente diante da banalidade da violência, que assola a passos galopantes, destruindo famílias inteiras por conta da droga que é uma droga de verdade!
O vigia??? ___ Este, dorme de maneira serena, alheio ao que passa ao seu redor, diz que está vigiando... ___ Como??? __ Nos braços de Morfeu?
Nos braços de Morfeu dormem nossos governantes, nossa segurança pública e nossos vigias!
Nós ficamos acordados e assustados! Tudo por conta do “vigia” que não é bom vigilante!

SSALA - Julho 2007

domingo, 28 de junho de 2009

IRMÃO

Ando pelas ruas da cidade,
Com a intimidade de andante!
Observo o vaivém das pessoas,
Cada qual com seu fardo a carregar.
Corremos em busca de sonhos,
Sem muito tempo a perder!

Lá vem um mendigo a suplicar
Pedindo ajuda a todo andante,
Que passa indiferente e alheio...
Vamos seguindo sem nada ver!
Digo-me cristã filha de Deus,
Sem nenhum tempo pra socorrer.

E pensar que Deus nos pôs no mundo,
Para vivermos em irmandade, comunhão
Mas não temos tempo para olhar o
Andante, tratando dele como irmão...
Com certeza DEUS a tudo assiste,
E vê com tristeza o que ele criou...

Nada faço, como se estivesse cega...
Sigo a caminhar sem rumo, a esmo,
Indiferente ao meu triste viajor...
Que continua a esmolar pelas ruas,
Vencendo mais um dia a mendigar
E pensar que DEUS espera que sejamos
Um pouco Dele na terra a semear!

12/11/2005

CADE OS CARAS-PINTADAS?

Nos anais da história nunca vimos tanta corrupção, tanto desmantelo e tanta inércia dos nossos “ditos parlamentares” na construção de uma política séria e, no mínimo eficiente...
Foi eleito pela vontade soberana do povo o nosso presidente Luís Inácio Lula da Silva, antigo operário e Presidente do Partido dos Trabalhadores.
Perdeu várias eleições, ficando 20 (vinte) longos anos, na expectativa de ser eleito Presidente da República e fazer do nosso Brasil um País de Sonhos...
No ano de 2002 foi ovacionado nas urnas eletrônicas, conseguindo assim, acalantar o sonho de um jovem operário do ABC Paulista, sendo eleito PRESIDENTE DA REPÚBLICA!
Suas principais metas: Erradicar a fome no Brasil, aumentar o salário mínimo e melhorar a qualidade de vida dos nossos excluídos irmãos!
Propostas sociais ambiciosas! Foi o que falou, após os resultados das urnas,em cadeia nacional.
Nosso País tem jeito sim senhor! Afinal de contas foi eleito de maneira milagrosa um cidadão que no mínimo, conhece a linguagem do populacho, ou seja, do povão.
Fala dele: Passou fome, viveu sua infância na mais extrema pobreza, sem formação acadêmica... enfim, uma pessoa sensível ao sofrimento alheio.
Mas... Quando se alcança o PODER, corrigir as injustiças sociais toma lugar secundário... E as propostas estabelecidas de maneira quixotescas foram sorrateiramente para a lata de lixo.
E ai companheiro? Onde estão OS “CARAS- PINTADAS”, que fizeram o Palácio do Planalto parar por vários dias, resultando assim no impechament do Fernando Collor de Melo?
À época, denúncias se intensificaram por todo o mês de maio do ano de 1992, culminando com a formação do Movimento Pela Ética na Política, composto por dezoito (18) entidades civis, como centrais sindicais, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Contando ainda com a participação de mais entidades, como partidos políticos e a UNE (União Nacional dos Estudantes), juntaram-se a esses estudantes, milhares de jovens, todos com as caras pintadas com as cores da Bandeira Nacional...
Cadê aqueles jovens caras-pintadas, destemidos, que saíram às ruas do Brasil, clamando por uma política séria, composta de cidadãos politicamente corretos?
Será que nossos jovens não têm mais porque sonhar? Será que eles perderam a capacidade de indignar-se com tamanha corrupção e desmandos?
Ou será que o Brasil está vivendo os tempos da Roma antiga, que era fétida em falcatruas e corrupção, onde se reverenciavam imerecidamente Césares!
Vem a minha memória neste momento a célebre frase do Jurista Ruy Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto."
POR UMA POLÍTICA POLITICAMENTE CORRETA!!!
SSALA