sexta-feira, 17 de abril de 2009

DISFARCE DE ANJO

Andando pelas ruas, praças e avenidas, entrando nos nossos lares, escolas, igrejas... lá vem aquele ANJO, com seu sorriso tímido e discreto, sempre pronta a amparar, acudir e proteger.
Nasceu frágil, silhueta elegante, andar seguro, é um doce ANJO, de natureza acolhedora!
Ela nem sabe que é um ANJO! Vive tão absorvida em seus afazeres, levanta ao alvorecer, toma frugal desjejum, saindo em seguida à procura de vidas para iluminar com sua presença angelical...
Quando pequena, disseram pra mim que ANJO, só no céu! Hoje, sei que não é verdade... Que doce alegria saber que existe ANJO em forma de gente, andando na terra entre nós!
É um ANJO discreto e diário, iluminado!
Iluminando aonde vai passando...

Solange Salla

ÉTICA

ÉTICA, palavra de origem nobre, da antiga cultura grega, berço da nossa civilização, vem do grego “ethos”, e tem seu correlato no latim “morale”, com o mesmo significado: Conduta ou costumes.
Provém de “ithos”, que se pronuncia com “th” semelhante ao inglês e significa a “clareza da alma”. O verbo grego “itheo” significa filtrar. Assim, uma pessoa possuidora de ética filtra melhor os estímulos e valores do mundo.
Quando eu filtro, eu elimino o que não é bom. Portanto uma pessoa com ética tem valores morais bem filtrados.
A ética não se confunde com a moral. A moral é a regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, uma certa tradição cultural, etc.
Há morais específicas, também, em grupos sociais mais restritos: uma instituição, um partido político...
Há, portanto, muitas e diversas morais. Isto significa dizer que uma moral é um fenômeno social particular, que não tem compromisso com a universalidade, isto é, com o que é válido e de direito para todos os homens. Exceto quando atacada: justifica-se dizendo-se universal, supostamente válida para todos. Mas, então, todas e quaisquer normas morais são legítimas?
Não deveria existir alguma forma de julgamento da validade das morais? Existe, e essa forma é o que chamamos de ética. A ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade.
Mas ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações humanas.
A ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana.
Para alguns como Cícero, “Sócrates teria feito a filosofia descer do céu a terra”, ao fazer gravitar sua especulação em torno do homem e de seus eternos problemas: a verdade, a justiça, o bem, a virtude, o dever. Sócrates falava que todas as ações do indivíduo são boas se eticamente justificáveis.

SOLANGE SALA

sábado, 11 de abril de 2009

TROCADILHO

Era uma vez José Maria,
Que amava Maria José,
Ambos alegres e elegantes,
Se enamoraram, tornaram amantes!..
Nomes iguais, com suas diferenças...
Conhecidos como José Maria (Zé)
E Maria José. (Zezé), e assim...
Viveram a vida em harmonia,
José Maria amando a Maria José,
Que também amava o José Maria...

18/04/2006

SIMPLES EQUAÇÃO: TRABALHO

Na efervescência do dia-a-dia, nem damos conta dos desafios superados.
Já acordamos atrasados, pois o relógio da vida, não trabalha a nosso favor, trabalha sim, minuto a minuto, seguindo seu curso de maneira contínua numa displicência sem cerimônia!!!
Ainda assim, passamos a observar o cotidiano de um transeunte qualquer... quando faz todos os dias o mesmo percurso para o trabalho: A pé, de carro, ônibus, bicicleta, moto, etc, atravessando a cidade no corre-corre, numa verdadeira maratona!
Pois é... para estes trabalhadores, “Devemos tirar o chapéu”!
Pelo determinismo em vencer obstáculos diários, na construção de lares, empresas, fábricas, instituições, com a perseverança de “uma formiga carregando galhos na costa” (forjando seguro abrigo)...
___ O ser humano é por natureza alma gregária, guerreiro, com forte instinto de sobrevivência, alicerça sua personalidade nos desafios do cotidiano, construindo pontes, superando limites.
Ele é o maior tesouro existente no planeta, porém sua filosofia de vida deve basear-se em sério comprometimento profissional (em qualquer segmento em que esteja atuando), trabalhando com seriedade na prestação de serviços.
Ele precisa saber de maneira consistente o que faz e para que serve o trabalho.
A falta de visão, de participação, gera moral baixo, qualidade pobre, baixa produtividade e conflitos desnecessários em todos os níveis da organização. Enfim, traz a decadência econômica, que dificulta se não impossibilita o progresso social e o desenvolvimento pessoal..
Sim, pois sem trabalhar arduamente de sol a sol, encarando os desafios de frente, ficando atento para reinventar processos e aprimorar diariamente a forma de se conduzir o trabalho, não se chega a lugar nenhum.
Ao se falar em trabalho, é preciso que se tenha sensibilidade e responsabilidade no desenvolvimento de atividades que visem beneficiar os usuários de seus produtos ou serviços, tendo em mente que é sempre possível dar um passo à frente.
Neste contexto a dedicação é o coração de todo o processo, bombeando doses generosas de paixão, fundamentais para fazer tudo crescer à nossa volta.
E, quando as coisas não caminharem como imaginamos, é ela (a dedicação), que nos manterá no leme, para que não abandonemos o convés no meio da tempestade e, mesmo em meio ao turbilhão, possamos enxergar um porto seguro.
Seriedade, ética, dignidade e perseverança, são princípios que norteiam a mente daqueles que são os responsáveis pela construção de uma sociedade melhor e mais justa.
Sem esses requisitos não existe sonhos, pois eles são puros e cristalinos como todas as relações entre os homens deveriam ser.

Março de 2008 - SSALA

sábado, 4 de abril de 2009

O JIPE DO JUCA

O Juca tinha um jipe
Que era muito invocado,
Capota preta, bem lustrado...
Ao Guigó ele nos levava!

Vivia em expectativa,
Pra semana rápido passar,
Não via chegar a hora,
De no jipe poder viajar.

O Juca era bom motorista
Seguia pra José Gonçalves,
A meninada no fundo do jipe,
Acenava a quem ele ultrapassava...

Chegávamos ao nosso destino
Com muita alegria e festa!
Domingo era dia de feira,
Com muita fartura na mesa.

Vó Deja era alma bondosa,
Brevidade e biscoito fazia,
E para encanto das netas,
Açafrão na galinha sempre tinha...

19/11/2005

LINHA DIVISÓRIA

Por que será que temos de estar vigilantes ante nós mesmos? Que mistério é este que não conseguimos decifrar de maneira clara que é a linha divisória do nosso consciente-inconsciente, fronteira que não devemos ultrapassar?
Nascemos dotados de uma razoável carga genética, herança dos nossos antepassados, o resto adquirimos no decurso da nossa vivência no âmbito familiar e social, existindo em nós uma fronteira misteriosa e obscura de onde brotam as paixões, o medo, a criatividade e a própria vida e morte.
Por que será que existem pessoas voltadas para servir, preservar, amparar, socorrer, acudir e outras cujas metas parecem ser destruir, roubar, matar, engendrar crimes com requintes de crueldade, até contra seus próprios pais, como temos visto de maneira assustadora nos jornais e noticiários de TV?
O que será que leva uma jovem a tirar a vida dos seus pais de maneira tão cruel e perversa, ou então um pai a usar sua própria filha, com apenas dois anos de idade, em atos libidinosos e obscenos?
A raiz dos problemas pessoais está justamente na falta da autoapreciação. Quem se deprecia caminha para o abismo da solidão. Sem ao menos perceber, afasta-se pouco a pouco de todos os seus e principalmente de si mesmo. E isso é absolutamente fatal para a construção de uma personalidade sadia.
Reações contrárias, imprevistas e imprevisíveis distorcem o que poderia ser uma personalidade equilibrada. Reações observadoras e positivas despertam e reforçam uma personalidade firme e forte que poderia estar até então adormecida.
Porem, que misterio é este que envolve nosso inconsciente quando ultrapassamos esta fronteira misteriosa e, nos lançamos num lago escuro de águas profundas, sem direito a uma emersão?
Necessariamente precisamos andar em eterna vigilância, pois não somos donos de nós mesmos, somos sim o resultado de nossas escolhas... Porém, muitas vezes não temos direito a escolhas, somos literalmente jogados num profundo abismo, e aí que fazer?
Existe em cada um de nós, uma linha divisoria tênue, basta haver um qualquer mínimo deslize para que fiquemos completamente sem norte.
Devemos gravitar no Universo de maneira cautelosa e vigilante, de maneira “leve”, mas com personalidade firme. Livres, mas com freios. Seguros de nós mesmos, porém sem desprezar as dúvidas. Conquistando sempre, mas levando em consideração as eventuais e prováveis perdas. Com desafios e dificuldades, mas com a consciência de que tudo isso forma um Todo, que é uma personalidade apreciada por si mesma, apreciando os outros e sendo apreciado pelos mesmos... Somente assim poderemos viver de maneira coerente e razoável, numa parceria com o social e o humano.
“A criança eterna no homem é uma experiência indescritível, uma incongruência, um empecilho e uma prerrogativa divina; um imponderável que determina, em última instância, o valor ou desvalor da personalidade” (Jung).
Jung acreditava que cada indivíduo tem, durante sua vida, a tarefa de uma realização pessoal, o que torna uma pessoa inteira e solida. Essa tarefa é o alcance da harmonia entre o consciente e o inconsciente.