sábado, 28 de fevereiro de 2009

DEMASIADAMENTE IQUAIS

Nascemos com nossas diferenças! __ Seja em raças, culturas, etnias, carga genética, o certo é que achamos que somos demasiadamente diferentes em tudo do nosso semelhante.
Crescemos com a idéia de sabedoria, poder e independência, de preferência gostamos mesmo é de viver em guetos.
Gostamos de pensar que somos suficientes e nos bastamos!
Assim, vamos vivendo neste planeta terra nos achando.
Que mistério é este que tanto envolve e seduz a nós humanos, a ponto de pensarmos que somos imortais???
Nascemos chorando. Todos, ao nosso redor: Sorrindo! Talvez, do lugar escuro de onde viemos (o útero), tenhamos a intuição misteriosa, que voltaremos a qualquer momento, para outro lugar escuro: A sepultura!
Que sentimento estranho de solidariedade póstuma, acomete a nós humanos, quando nos deparamos diante da morte?
Não estamos aqui falando da morte dos nossos amados, por estes nós sabemos como chorar de verdade, rasgando nossas emoções.
Falamos da morte alheia, daquela mais distante, que nos desarma e choca como se fosse à nossa.
A ação do tempo é devoradora, porém nós nos debatemos diante do mistério da vida que clama em nós, queremos viver!
Golpeamos nosso corpo a uma escravidão volitiva de enganos, de que somos imortais ou então que viveremos tanto, que somente sairemos daqui quando estivermos senis de tal maneira, que nem perceberemos a força brutal com que fomos arrancados dessa grande teia que chamamos vida!
E... nessa cadeia misteriosa, somos tão demasiadamente iguais na nossa fragilidade diante da vida física, que quando nos deparamos com a força alheia da morte, somos solidários e fraternos, não ao nosso próximo que partiu, mas, sim a nós mesmos, que já nascemos condenados!

SSALA – julho de 2007

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