sábado, 21 de fevereiro de 2009

RELAÇÕES HUMANAS

Cá entre nós... Cabe a nós pais e orientadores, já na primeira infância, incentivarmos nossas crianças aprenderem a brincar, de maneira lúdica com outras crianças, para bom desenvolvimento psico-social.
Não acredito de maneira alguma, que uma criança que tenha tempo para brincar com outros coleginhas, venha a ser no futuro um preguiçoso!
Somente interagindo com outras pessoas, podemos adquirir experiências para a vida.
O contato com a natureza, com o outro, com animais de estimação, é de extrema importância na formação da personalidade de nossas crianças.
O grande “vilão” no excesso de atividades na infância e conseqüente falta de brincadeiras pode ocasionar bloqueios na interação, dificultando assim a sociabilidade, pois, criar vínculos vem do olho no olho, da fala, do afeto que é o gerenciador do nosso equilíbrio emocional dentro do nosso contexto social.
Quando brincamos na infância, aprendemos a usar de cumplicidade, a empatia nos leva a aprender princípios, valores e regras, segregando em nós quando adultos a ética, seriedade e compromisso com o semelhante de um modo geral.
Privar uma criança de brincadeiras e contato com outras crianças é correr o risco de comprometê-la na área social-afetiva.
O brincar é uma grande forma de amar, quando nos dispomos a gastar um pouco de tempo, damos o melhor de nós, criando assim fortalecimento benéfico na personalidade da criança.
Outro vilão feroz nos lares é a “falta de tempo”. Precisamos gastar um pouco que seja do nosso “precioso tempo” com nossas crianças a fim de que elas possam responder de maneira satisfatória no futuro.
“Estresse infantil” é causado muitas vezes por falta de atenção, de brincadeiras na primeira infância. Não devemos “roubar tempo” de nossas crianças, com distanciamentos, acúmulo de tarefas e nenhum tempo para distrações.
Brincar de maneira saudável, com limites e horários previamente estabelecidos, cria redes de relacionamentos e ensina a criança a ir com disciplina em qualquer brincadeira ou situação.
Já na primeira infância fica definido o nosso grande facilitador nas relações humanas!!!
“A criança que fui chora na estrada. Deixei-a ali quando vim ser quem sou; mas hoje, vendo que o que sou é nada, quero ir buscar quem fui onde ficou” (Fernando Pessoa).

SSALA – setembro 2007

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