sábado, 7 de fevereiro de 2009

MÁSCARA

Desde sempre íntimas amigas
Inseparável, sombria ela me conhece.
Me conhece por inteiro, mesmo quando
Me escondo, no inconsciente do meu porão,
Penso e transgrido, mas, minha máscara sombria
Fiel companheira está a postos para me consolar.
É como se fôssemos uma só pessoa...
Uma dualidade de almas a se mascarar.
Uma não fica sem a louca companhia da outra.
Por vezes fico cansada...
Então tento destruí-la
E penso numa maneira feroz de esmagá-la...
Pressentindo minha animosidade, ela aquiesce, sorri,
Desaparece...
E eu fico numa alegria desassombrada,
Sorrio do nada, faço piruetas, parecendo liberta!
Como uma sombra, lá está ela, no porão da minh'alma...
Fazendo presença forte dentro de mim, é uma relação de
Amor enfermo e neurótico...
Uma junção de almas,
Como dizem os loucos amantes...
E assim vamos nos
Enganando, nessa conivente congruência, tentando
Enganar aos outros com nossa máscara compulsiva.

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