domingo, 28 de dezembro de 2008

UM DIA DE CADA VEZ

Nada como um dia atrás do outro... É pontual esta vivência em nós corroborando com dias alegres, expressivos e inexpressivos também.
Existe uma linha de mistérios, intervalos e seqüencias que não podemos nos furtar em vivê-los.
Uma personalidade construtiva e positiva é fator fundamental para uma vida feliz.
Sendo ela bem desenvolvida e desbloqueada, encara os desafios com a mente aberta e firme perante tais.
Cada nova descoberta da vida é um convite a melhorar-se passo a passo. No entanto, o amadurecimento psicológico surge lentamente e não através de “golpes do destino”.
Ao contrario, ela cresce, se fortalece gradativamente conforme os desafios apresentados.
A vida é um desafio, já dizia João Guimarães Rosa e que fino estranho e inacabado é sempre o destino da gente. Porém, o ser humano gosta de desafios e busca viver seu dia como se fora o último, ultrapassando barreiras, numa acelerada corrida.
O bom é que a verdade chega até nós com um sentido secreto das coisas e nós terminamos percebendo, confusos, a perfeição que é a vida, gozando essa doce liberdade de ir e vir vivendo um dia de cada vez.
Essa lucidez mental muitas vezes é perigosa, ficamos sem entender muitas coisas... como explicar o inexplicável, ponderar o imponderável?
É necessário o enfrentamento diário, toda conquista pressupõe uma perda!
E nesse desequilíbrio de vívidos sentimentos, navegamos por mares contraditórios, nossos sonhos ficam expostos à correnteza de emoções diárias e nessa caminhada vivemos dias confusos, num abandono para além da alegria, descobrindo então que o mistério da vida vai para além da felicidade e beleza.
Assim, entre buscas cegas e secretas, nascemos predestinados a correr riscos. E no intervalo de espaços intercalados derrubamos “feras” diariamente
São descobertas sofridas e aprendidas! Um horizonte oscilará em doce perspectiva, com doses homeopáticas de alegrias, como um dourado pôr do sol, escondendo seus raios luminosos atrás de gentis montanhas.
Seguimos então, com olhos fitos sobre espelhos, pensando nos caminhos que existem dentro das coisas transparentes, para um mundo de descobertas.
E, nesse derramamento de sonhos, prosseguimos como cavalheiros caminhantes, sentindo que nossa alma é precária por vastidões de infinitos sem fim.
Vivamos então o segredo de cada dia e o resto não fica demasiado.

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